Também gostei da ligação inicial entre Keralie e Varin. Apesar da sinopse, a primeira cena e depois a cena seguinte mostram bem a atracção entre eles, pelo menos da Keralie. E o facto dele ser tão correcto também tende a favor dele. Acabamos por criar uma empatia instantanea que nos faz querer saber mais deste personagem e da sua história.
Como foi um livro lido em leitura conjunta no Clube de Leitura Mais Que Ler, acabou por ser muito engraçado pela parte da partilha de teorias, discussões de possíveis culpados e acontecimentos, o que me ajudou também a pensar mais na resolução de tudo, em conhecer melhor as personagens e tomar muito mais atenção aos pormenores. Normalmente quando leio um livro é como se visse um filme e deixo desenrolar naturalmente sem pensar muito no que vai acontecer porque sei que mais cedo ou mais tarde vai-me ser apresentado o final. Gostando ou não. E talvez seja por isso que os policiais e thrillers me aborrecem, porque é para quem gosta de puzzles. Eu sou mais de clichés e finais felizes. Mas claro que um bom enredo, plot, acção, dá sempre mais ânimo à leitura, principalmente se for inesperado e original.
Astrid Scholte ganhou pela originalidade da história. Penso que não me lembro de conhecer uma personagem como Keralie ou um enredo com rainhas e reinos assim. Sim, aqui temos um género de castas, como temos n'Os Divergentes ou n'Os Jogos da Fome, e ai não há originalidade nenhuma, mas sendo uma distopia também não incomodou muito. O que gostei foi pelo envolvimento de Keralie e Varin e até mesmo Mac.
Em relação ao final achei-o algo rebuscado. Deu demasiado jeito para a resolução da trama, por isso não fiquei muito fã.
Resumindo, gostei mais do desenvolvimento, as aventuras de Keralie, as mortes, do que o inicio cheio de descrições e demasiada informação e do que o final pelo que já disse.
Keralie Corrington tem apenas dezassete anos e parece inofensiva mas, na verdade, é uma mentirosa e uma das ladras mais habilidosas de Quadara. Varin, por outro lado, é um cidadão íntegro da região mais desenvolvida de Quadara, Eonia. Os dois conhecem-se quando ela lhe rouba um objeto muito importante, colocando a vida dele em perigo. Ao tentar recuperar o que lhe foi roubado, Varin e Keralie veem-se envolvidos numa conspiração que matou as quatro rainhas de Quadara.
Sem alternativas e a fugir do ex-patrão de Keralie, ambos percebem que a melhor opção é unirem-se para descobrir o assassino e salvar as suas próprias vidas, no entanto, a aproximação é perigosa e um romance floresce.
Keralie e Varin são obrigados a superar os seus segredos mais sombrios na esperança de terem um imprevisível futuro juntos, mas primeiro precisam de permanecer vivos e descobrir a razão por detrás da morte das quatro rainhas da nação.