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Encontrámos mais estas duas, que poucas diferenças têm.




Uma origem de um livro que já nem se vende com esta capa :P

ILINA SIMEONOVA RED HAIRED WOMAN RUNNING OVER BRIDGE Women

Quando somos o nosso maior inimigo.

SPOILERS

Refém do seu próprio corpo, Lia é uma adolescente anoréctica com um único pensamento: ser magra. Esta magreza torna-se não apenas uma obsessão mas sim um modo de vida, a contagem das calorias torna-se uma paranóia ao ponto de controlar as calorias que ingere (500 por dia). Como se isso não chegasse, chega a auto flagelar-se de modo a suavizar a dor e desespero que sente por não conseguir aguentar a fome que tem. 

Corações GeladosCassie, a ex-melhor amiga de Lia sofre de uma doença semelhante. Ao contrário de Lia que tenta comer o menos possível, Cassie come e come até não aguentar mais, para depois expulsar toda a comida que ingeriu.

Ambas fazem uma aposta: serem a rapariga mais magra de toda a escola. Até que o inevitável acontece: Cassie morre. Até meio do livro não sabemos a causa de morte, apenas nos é dada uma única pista, que Cassie antes de morrer tentou contactar Lia sem ter resposta por parte desta. Chocada pela morte da ex-amiga a aposta acabaria por perder sentido mas Lia não consegue largar-se da sombra de Cassie, principalmente quando esta aparece em visões fantasmagóricas. 
Não é a minha estreia com esta autora em Corações Gelados, Anderson mostra-nos mais um tema sensível e bastante realista (em certa parte, explicação em baixo). Não achei uma leitura depressiva, achei uma leitura difícil e profunda, tocante e que nos faz pensar mas acaba por não ser perfeita e ter bastantes falhas. Começando por Lia, não pela personagem em si e de como lida com o problema, pois só quem tem essa doença ou passou por ela, consegue compreender como os anorécticos vêem a comida. Para ela, comer é um inimigo, algo indispensável. Todos os alimentos para ela são meras calorias e as refeições acabam por ser uma contagem dessas calorias. O que não gostei na Lia foi a forma como lida com a família que só a quer ajudar. Sei que é consequência do distúrbio que tem com tendência para se isolar mas...não gostei. Acaba por os culpar de ser assim quando é precisamente o contrário.

Outro detalhe que não gostei foi o fantasma de Cassie. Não gosto muito destas aparições, não me caíram bem na leitura pois acabou por estragar o toque realista que o livro tinha (como referi acima), mas percebo a intenção da autora. 

É uma leitura mais pesada que retrata um tema delicado e que na minha opinião estará sempre na actualidade enquanto vivermos numa sociedade que venera as proporções perfeitas 86-60-86. Não é um livro que indique a todos e a escrita para mim não é das melhores, mas fez-me pensar e por isso levar quadro estrelas.





WintergirlsTítulo Original: WintergirlsEdição: Março 2013
ISBN: 9789892316840



«Eu sou aquela rapariga. Eu sou o espaço entre as minhas coxas, a luz do sol a derramar-se entre elas. Eu sou a auxiliar de biblioteca que se esconde na "Fantasia". Eu sou a aberração de circo enclausurada em cera. Eu sou os ossos que eles querem, ligados num molde de porcelana.» Viajei na terra dos Corações Gelados devido às inúmeras leitoras que me escreveram a contar a sua luta com distúrbios alimentares, automutilação e sensação de andarem perdidas. A sua coragem e sinceridade puseram-me no caminho para encontrar Lia e ajudaram-me a compreender a sua devastação. Embora não seja uma história da vida real, Lia foi inspirada nessas leituras, e por isso lhes estou muito grata.


Como gostei do outro livro da autora, não resisti e já estou a ler este! Espera-me uma história forte e cheia de emoção. Alguém quer ler? 


«Eu sou aquela rapariga. Eu sou o espaço entre as minhas coxas, a luz do sol a derramar-se entre elas. Eu sou a auxiliar de biblioteca que se esconde na "Fantasia". Eu sou a aberração de circo enclausurada em cera. Eu sou os ossos que eles querem, ligados num molde de porcelana.» Viajei na terra dos Corações Gelados devido às inúmeras leitoras que me escreveram a contar a sua luta com distúrbios alimentares, automutilação e sensação de andarem perdidas. A sua coragem e sinceridade puseram-me no caminho para encontrar Lia e ajudaram-me a compreender a sua devastação. Embora não seja uma história da vida real, Lia foi inspirada nessas leituras, e por isso lhes estou muito grata.

Quentinho nas livrarias dia 26 de Fevereiro! 
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