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Carmen Garcia é uma enfermeira e mãe de dois fofos que tem muito jeito para a escrita e, por isso, quando descobri que ela tinha escrito um livro de ficção fui a correr adquiri-lo (obrigada Ego Editora pela cedência do exemplar). Já tinha o livro Os 10 Mandamentos de uma Mãe Imperfeita mas o registo é totalmente diferente deste por isso as expectativas estavam em alta.

Ora A Anos-Luz é sem dúvida uma distopia de jovens adultos, e uma bastante actual, digamos assim. Temos então dois planetas, um príncipe e uma princesa, que se têm que casar para bem da saúde dos dois planetas e dos seus ocupantes. Cada um com a sua educação e claro completamente diferentes, por isso a sua união não é de amor... ao inicio.

Comecemos então a falar dos pormenores. Apesar da autora ter uma imaginação muito boa e ter criado um mundo novo de forma bastante eficiente, penso que falhou apenas no sentido em que quis criar um mundo novo, mas para tudo ser compatível para esta história de amor a certa altura essas diferenças já tinham quase desaparecido. Por exemplo, Lia tem sangue prateado, mas cora como os humanos - teria que ter sangue vermelho para corar, certo? Curiosamente li um livro em que o personagem também tinha sangue prateado, mas quando corava era descrito como uma cor de bochechas mais clara ou mais intensa, nunca como "corar". Ok, posso estar a ser picuinhas, mas quando estava a ler estes pormenores fizeram-me diferença no ritmo de leitura, porque não batia certo.

Outra questão é a preferência de cores de Lia: vermelho intenso, preto. Ora ela é branca. Com os seus olhos violetas e cabelo negro, não consigo visualizar como este jogo de cores ficaria bem. Mais uma vez picuinhas, mas passemos à frente.

Durante o romance temos envolvimento físico, tudo certo, mas a questão é que Lia foi educada a não acreditar em contacto físico, em sexo, em ser tudo muito limpo e distante, tudo em laboratórios, mas depois a relação entre eles (que se odeiam tanto, mas atraem-se) acontece logo demasiado rápido. Para uma virgem e para alguém criada num mundo tão frio, a mudança foi muito rápida. Aqui "desculpei" com uma justificação que depois a autora dá sobre a sua libido voryana e também por ser um romance algo curto. Mas, não deixou de me fazer certa confusão este à vontade em permitir coisas ao príncipe tão intimas para quem não se conhece, não se gosta e que tem receio e ignorância nestas coisas.

Gostei bastante dos POVs alternados entre Arthur e Lia, tal como das promessas de romances paralelos ou futuros (fico à espera desses). Gostei também dos vários mistérios que surgem e dos contributos da formação da autora na história. São pormenores desnecessários a meu ver, mas para quem trabalha na saúde enriquecem as descrições.

A escrita é muito fluída e é uma história muito bem estruturada, mas como adoradora de fantasia/ficção, achei Lia demasiado humanizada, não só na sua anatomia, mas como no gosto pelas flores e pela comida. Como já disse, foi criada uma compatibilidade para tudo mas sinto que faltava aqui mais qualquer coisa como podemos encontrar em livros como ACOTAR ou Príncipe Cruel, em que há humanos e não humanos, mas tudo funciona. De qualquer forma, vão sempre surgindo reverências a Vory e ao planeta de Lia.

Lia tem um pormenor interessante que no inicio me pareceu algo desnecessário em relação a Arthur, mas depois acabou por haver um propósito melhor do que ser usado só entre o casal, digamos assim.

Gosto sempre de uma linguagem com asneiras como a de Arthur, mas a certa altura Lia começa a mudar também a maneira de falar e fica tudo muito igual, não se notando muita diferença nos POVs e deixando a personagem de uma extraterrestre de 21 anos fria e educada, para uma adolescente de 16 anos com vocabulário mais jovem e menos adulto. Não é algo muito evidente que me tenha feito gostar menos da personagem, mas diminui um pouco a minha empatia com a protagonista que tive na primeira metade do livro.

A temática das alterações climáticas também é muito evidente. Sinceramente acho que roubou ali um pouco o romance do casal, mas as cenas eróticas compensaram e no fim acabou por haver um equilíbrio satisfatório.

O twist final foi muito bem pensado e não estava à espera - portanto ponto alto do livro. Pensava mesmo que as reviravoltas iam acabar numa parte, mas depois Carmen Garcia surpreendeu com mais uma e muito melhor.

Gostei também do fim ter sido deixado em aberto e estou ansiosa pela história de Elena.

Estranhei não haver uma nota da autora nem agradecimentos. Agora leio sempre à espera de mais pormenores sobre a história ou sobre pensamentos da autora.

Resumindo e concluindo, depois da desilusão de Prova-me, este livro de autora portuguesa foi uma óptima surpresa. Tenho pena de não ter gostado mais, mas foi uma leitura muito boa e o facto de querer continuar a ler mais da autora já diz muito. Além disso também me soube a pouco o que também é um bom sinal.

No dia em que completa vinte e um anos, Lia, a bonita princesa de Vory, é transportada para a Terra para cumprir a missão para a qual foi treinada durante toda a sua vida: casar com o príncipe herdeiro do trono terrestre e, assim, assegurar a paz entre os planetas.
Mas apesar das infinitas aulas sobre a Terra e os seus habitantes, nada a podia ter preparado para o facto de Arthur, seu prometido, desrespeitar a única regra que, para ela, sempre foi sagrada: evitar, a todo o custo, qualquer contacto físico que configurasse intimidade.
Agora, no centro de um planeta ainda a reerguer-se de uma guerra sanguinária, Lia vai ter que perceber se deve continuar presa às verdades que conhece ou se é altura de entregar o seu coração e o seu corpo ao príncipe que, atrás dos seus olhos verdes, esconde as chaves que abrem todas as portas do paraíso mas, também, todos os portões do inferno.

 O mês já começou mas ainda vamos a tempo de apresentar a nossa lista de livros que queremos ler nestes 31 dias.

  Mafi



Vamos lá ver como vai ser este mês. Eu nem sei bem o que me apetece ler portanto vou optar pelos romances e YA porque são fáceis e pelos thrillers porque se forem bons e viciantes ganho o gosto pela leitura! 

 

Ne


 O número mágico seria 22, mas sei que nunca o conseguiria mesmo com 15 dias de férias. Portanto fico-me pelo 12, com 7 leituras conjuntas e 5 leituras sozinha.

Por esta altura Amor Cruel já está lido, ou melhor relido, porque afinal já o tinha lido em 2017, adorei-o à mesma ou ainda mais.

Cartas Picantes era o livro mais ansiado, por esta altura já li metade porque consegui não sei como parar na meta, mas acho que não vou aguentar muito mais tempo (digo já é que tive um grande deja vu com o Incompleta que li no mês anterior). O Kingdom of Flesh and Fire migrou de Junho e espero terminá-lo não tarda para poder pegar noutro do mesmo género. Do mês anterior deixei dois eróticos a meio mas como não me estão a agradar vão ficar em stand by - se ler estes todos pego neles.

As leituras conjuntas por ordem são: WineNotBookClub, Summer Readings, Erotic Club, Erotic Club, Instagram (@delusionsofabooklover e @finish.the.book), Mais que Ler e Mais que Ler. O After faz parte doutra iniciativa, o Choose for Me.


Em Janeiro já começo melhor em número do que os meses anteriores. Faltando aqui O Homem do Mês, dos cinco já li 3, o que é muito bom. Brevemente vou pegar nos da Estelle Maskame e aumentar a percentagem de pilha lida.
E chegou ao fim o primeiro mês do ano e por isso vamos lá resumir o que escolhemos ler em primeiro. Será que foi um bom mês para começar bem o ano?

Mafi

2019 começou muito bem! Tanto a nível de quantidade como de qualidade! Espero que Fevereiro continue assim! 

Bad Romance - Heather Demetrios (4/5)
Ilhas de Paixão - Miriam Hotchkiss (3/5)
Mil estrelas e tu - Isabelle Broom (4/5)
Acasos Felizes - Suzanne Nelson (4/5)
A Fórmula do Amor - Helen Hoang (4/5)
Um dia - Morris Gleitzman (4/5)
Não é bem meu - Catherine Bybee (4/5)
The Poet X - Elizabeth Acevedo (4/5)

Livros físicos: 3
Ebooks: 5
Livro Mais Doce: Não é bem meu
Livro Mais Amargo: Ilhas de Paixão
Livro Mais Longo:  Bad Romance
Livro Mais Curto:  Um Dia
Livros dos ''Na Fila 2019'': 3 :D
Livros "Na Fila Janeiro": 1 :(
Autores novos: 6
Autores já lidos: 2

Ne
Os 10 Mandamentos de uma Mãe Imperfeita - Carmen Garcia (4/5)
Na Sombra da Noite - J.R. Ward (4/5)
Na Sombra do Dragão - J.R. Ward (4/5) 
Na Sombra do Pecado - J.R. Ward (4/5)
A Noite Mais Escura - Gena Showalter (3/5)
O Beijo Mais Escuro - Gena Showalter (3/5)

Livros físicos: 1
Ebooks:  5
Livro Mais Doce: Os 10 Mandamentos de uma Mãe Imperfeita
Livro Mais Amargo: O Beijo Mais Escuro
Livro Mais Longo: Na Sombra do Pecado (438 pág)
Livro Mais Curto: Os 10 Mandamentos de uma Mãe Imperfeita (134 pág)
Livros dos ''Na Fila 2019'': ZERO!
Livros "Na Fila Janeiro": ZERO! ahahah já é tradição =p
Autores novos: 1
Autores já lidos: 2

Como já disse quando ele chegou cá a casa, este livro não está dentro do género do blogue nem das temáticas, mas sendo o meu primeiro livro lido do ano e achando que além de sério tem também um pouco de comédia resolvi comentá-lo e inseri-lo no género de contemporâneo, já que se passa e é a realidade dos nossos dias de hoje (e de ontem e até de amanhã). Mas sem dúvida que vai ser filho único.
Os 10 Mandamentos de uma Mãe Imperfeita conta a história de uma enfermeira e bloguer alentejana que além de ter muito sentido de humor também é uma mulher com M, se me permitem a expressão.
O livro inclui muitas das dificuldades que ela passou nestes anos mais recentes, desde que ficou grávida até aos dias de hoje. As dificuldades e a lutam não passam só pela nova realidade da maternidade mas também pelas redes sociais e por quezílias que existem entre mães e pais. E reforço já este ponto masculino, em que Carmen Garcia é muito benevolente e do pouco que se refere a eles são só coisas positivas, mas eu já li comentários no Facebook muito tristes e revoltantes vindos deles (piores que certas mulheres), já para não falar do que assistimos. Mas assistir sem ainda ter moral para comentar é uma coisa, outra coisa é um homem com três filhos ofender uma mãe de primeira viagem que ousou dizer que os enjoos estavam a tornar esta gravidez um estado de não-graça!
Mas voltando ao livro, a autora divide-o em 11 partes, os 10 mandamentos e um extra muito fofo. Cada mandamento e cada conselho que ela nos dá é sempre em prol da imperfeição. Aqui Carmen tem uma posição muito clara e certa do que acha, posição que esta foi criando desde a gravidez do primeiro filho e que ela nos vai contando aos poucos e dando bastante exemplos, incluindo uma história e algumas anedotas. Outras temáticas aqui faladas são algumas tabus, como o que acontece na sala de parto, e até da surdez infantil.
A minha parte preferida é sem dúvida as questões de mães nos grupos das redes sociais e as respostas que o seu alter ego Mãe Imperfeita responde. Aqui conseguimos distinguir bem perguntas ingénuas e perguntas ignorantes que mulheres adultas colocam ainda antes de ir ao Google, e se franzimos o sobrolho perante elas, damos grandes gargalhadas com as respostas.
Confesso que me inscrevi recentemente num grupo ou outro porque me indicaram, mas que já estou arrependidíssima já que os erros ortográficos que a autora se dá ao trabalho de corrigir são ainda piores do que os que via nos grupos das unhas de gel e na extensão de pestanas, razão principal pela qual saí deles e que brevemente vou sair destes.
Agora que o terminei, tem poucas páginas e como tem pequenas ilustrações em todas as páginas ainda se torna mais rápido de ler, fiquei satisfeita por ter começado por aqui, por um livro que não trata de regras, estudos científicos, ou "do que deves fazer", trata sim descrições muito mais realistas e credíveis que corroboram a ideia que tinha da maternidade, apesar de pessoas próximas ainda hoje me tentarem levar para o "mundo cor-de-rosa" que está tão assente nas mulheres.
Não quero deixar de agradecer à autora pelas boas gargalhadas que tenho dado desde que descobri o seu blogue nem de deixar aqui muito apoio e força para a luta que ela trava todos os dias contra o fundamentalismo. O truque é mesmo não nos tornarmos fundamentalistas na oposição e continuar a revirar os olhos e a ignorar o que sabemos que na nossa consciência não é o que para nós é o mais certo. Tal como na religião, neste assunto cada um acredita no que quiser e está muito errado impingir aos outros só porque achamos que aquilo é o melhor para nós. Há que acreditar na ciência, na medicina, na espiritualidade, mas sem extremos e com consciência que as nossas escolhas não nos vão afectar só a nós e sim a novas pessoas indefesas.
Por fim, este livro não é só para futuras, novas ou mães doutoras neste curso. Aqui temos temáticas variadas, sobre lutas na vida. Tal como lemos um livro sobre o cancro e nunca o tivemos nem iremos ter, também acho que mesmo não tendo filhos não nos faz mal nenhum ler livros sobre a realidade de mães que poderia ser a história na nossa mãe ou da nossa avó.

Era uma vez uma mãe que tinha inveja das fêmeas rato, fez cocó durante o parto, quase enlouqueceu no puerpério e escolheu dar papas industriais ao filho. Um dia essa mãe decidiu assumir publicamente a sua imperfeição e foi escrevendo sobre o outro lado da maternidade. Este livro é uma continuação da cruzada a favor da imperfeição que a autora, estrela em ascensão nas redes sociais, tem vindo a desenvolver nas suas páginas. Escrito num tom bem humorado, pretende desmistificar os dogmas da maternidade, mostrando a realidade das dificuldades inerentes à educação de um filho.

Não é um romance, mas é a minha primeira aquisição do género, já que agora me ando a iniciar nestes mundos.
Este foi o primeiro livro que comprei (e se calhar o único) por me parecer algo descomplicado dentro das complicações. Além disso, farto-me de rir com os posts desta autora portuguesa na sua página e blogue.

Para as mães que seguem o Algodão Doce para o Cérebro: fico à espera de sugestões e feedbacks.
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