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Opinião Young-Adult: ''Bad Romance'' de Heather Demetrios

janeiro 06, 2019 Mafi 0 Comments



E está concluída a primeira leitura de 2019! 
Nunca pensei que fosse com este livro porque começar um novo ano com um livro sobre relacionamento abusivo não é a escolha ideal mas é sem dúvida um livro importante e um tema que devia ser mais falado e discutido em livros. 

29102896O último livro que tinha lido com esta temática tinha sido o meu adorado ''Isto acaba aqui'' da Colleen Hoover. Este é diferente, pois os protagonistas são mais jovens e mais imaturos. Temos Grace, uma rapariga simples, que vive com a mãe, os irmãos e o padrasto que detesta. Sofre em casa, não só com a paranóia da mãe em relação a limpezas e germes mas também com as exigências do padrasto. Na escola tem duas melhores amigas, faz parte do clube de teatro e apaixona-se por Gavin, um rapaz popular da escola mas no mínimo perturbado. 
Grace não quer saber disso e fica eufórica quando percebe que a sua paixão platónica é na verdade correspondida por Gavin e os dois começam a namorar. Ao princípio tudo é perfeito mas a pouco e pouco os comportamentos de Gavin começam a ser controladores e abusadores transformando os carinhos por ciúmes doentios e a preocupação em  perseguição. Grace ao inicio não entende e pensa que Gavin só está a fazer o que todos os namorados devem fazer, preocuparem-se com o bem estar e segurança das namoradas. À medida que o livro se vai desenrolando, Gavin começa a ficar cada vez mais possessivo e só com os avisos de amigas e colegas de trabalho é que Grace começa a ver esses sinais de alerta. 
O título do livro inspirado na música da Lady Gaga resume bem este romance: ''I want your ugly, I want your disease, I want your everything as long it's free, I want your love''. Gavin consegue ser doce e querido mas tanto o que tem de bom, tem de mau numa escala maior. Conseguimos entender porque Grace decidiu apaixonar por ele e também conseguimos perceber porque não consegue acabar com ele, porque gosta dele, porque ele faz chantagem emocional, porque sabe que vai sentir-se culpada pela destruição dele. A narrativa torna-se cada vez mais sufocante e confesso que estava sempre a olhar para quantas páginas me faltavam para acabar porque só presumia que o livro podia piorar. Não chegou à violência física mas a psicológica e principalmente o ataque sexual deram cabo de mim. A autora descreve bem como a relação é complexa e tóxica e percebemos o porquê de a Garce fraquejar sempre que quer acabar com o Gavin. Ele é a sua salvação numa casa onde não consegue viver. 
Adorei as amigas da Grace e queria que o Gideon tivesse um impacto maior na história. No final acho que o mais importante foi a Grace ter aprendido a amar-se como ela era e não voltar a cometer os mesmos erros do passado, tanto os dela como os da sua mãe. 
No final com a nota da autora entendemos que este livro tem um pouco de si. A autora explica que durante adolescente viveu uma relação abusiva durante dois anos e meio. Achei corajoso ter conseguido escrever sobre este tema, baseado nas suas experiências. 
Este é segundo livro que leio da autora e tenho mais um dela para ler cá em casa. Tenho pena que não haja nenhum livro traduzido cá. 

Grace wants out. Out of her house, where her stepfather wields fear like a weapon and her mother makes her scrub imaginary dirt off the floors. Out of her California town, too small to contain her big city dreams. Out of her life, and into the role of Parisian artist, New York director—anything but scared and alone.
Enter Gavin: charming, talented, adored. Controlling. Dangerous. When Grace and Gavin fall in love, Grace is sure it's too good to be true. She has no idea their relationship will become a prison she's unable to escape.
Deeply affecting and unflinchingly honest, this is a story about spiraling into darkness—and emerging into the light again.

 

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