Compilações: "A Avó e a Neve Russa e A Guerra que salvou a minha vida"
Mais duas leituras que fiz este mês e é que tem a particularidade de serem narradas por crianças, portanto achei que fazia sentido juntá-las aqui num só post.
"A Avó e a Neve Russa" de João Reis foi um livro que comprei no ano passado na feira do livro em Hora H. Já era um livro que queria ler há muito tempo e portanto nem 6 meses passaram e já o li. Lido numa leitura conjunta este livro acabou por desiludir-me um bocadinho. O livro começa muito bem com o nosso protagonista, um rapazinho que nunca sabemos o nome a apresentar-nos a sua vida no Canadá, onde mora com o irmão Andrei e a sua avó, a sua Babushka. Tenho de dizer que a escrita é muito boa e a construção das frases é feita de uma forma linda mas sem tirar mérito à escrita do autor, tenho a dizer que passado 120 páginas o livro começou a aborrecer-me e foi por um caminho que não esperava e que não apreciei. Sem fazer spoilers achei que a segunda parte do livro onde realmente há alguma acção foi um pouco desnecessárias mas também contradizendo-me se não fosse isso tinha achado o livro ainda mais aborrecido porque no geral o livro não saiu do mesmo sítio. Está muito bem escrito sim senhora, mas não gostei da história em si apenas o carinho do neto com a sua avó e o seu humor negro que me fez rir algumas vezes.
A Babushka é uma russa idosa que, há alguns anos, emigrou para o Canadá. Sobreviveu ao acidente nuclear de Chernobyl e, agora, está doente. Na fronteira entre a imaginação e a realidade, o seu neto mais novo, de dez anos, não desiste de encontrar uma solução para os seus «pulmões destruídos».
Narrado na primeira pessoa e escrito a partir do ponto de vista ingénuo, terno e, por vezes, irónico de uma criança, relata-se neste romance a peregrinação de um neto ao longo de um continente, bem como inúmeras peripécias na sua cidade natal, habitada por todo um grupo de personagens curiosas.
"A guerra que salvou a minha vida" era um livro que me suscitava interesse pelo título e acabei por lê-lo este mês. Aqui temos a Aida, uma criança que sempre viveu dentro da sua casa com o irmão e a sua mãe que é uma megera. Aida, como tem uma deficiência no pé, sempre viveu com medo de sair à rua pelas coisas que a mãe dizia dela (que ela era uma vergonha e uma aberração da sociedade) portanto Aida sempre se resignou a sua condição física mas semrpe teve a esperança de conseguir fugir com o irmão e terem uma vida melhor. O seu desejo acaba por concretizar-se onde é levada para a casa de uma senhora que lhe dá um novo lar e pela primeira vez amor e carinho. Com a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo vamos vendo a Aida tornar-se numa jovem mulher que luta pelos seus sonhos e pelo que é certo... Até um dia em que a mãe volta para os buscar.
Gostei imenso deste livro e sem dúvida que é um livro diferente dentro da temática da Segunda Guerra Mundial. Conseguimos ver a ingenuidade que as crianças e até mesmo os adultos tinham em relação à Guerra, especialmente em aldeias pequenas de Inglaterra onde só viam os aviões a passar. Adorei a personalidade da Aida e fiquei com vontade de ler a continuação.
Um livro emocionante e arrebatador para ler com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos.
Tudo o que Ada conhece do mundo é o pouco que consegue ver a partir da janela. Sempre viveu com a mãe e o irmão mais novo num apartamento minúsculo, de onde está proibida de sair. Ada apenas teve a infelicidade de nascer com um pé aleijado, mas isso é mais do que motivo para a mãe se envergonhar dela, maltratando-a e escondendo-a.
Com a aproximação da guerra, todas as crianças de Londres são enviadas para um campo fora da cidade, e Ada aproveita a oportunidade para fugir com o irmão. Os dois são acolhidos por uma família que os ama incondicionalmente, sem distinções nem preconceitos, e Ada pode finalmente aprender a ler, a escrever e a montar a cavalo.
Pela primeira vez na vida, faz amigos e percebe o verdadeiro significado da palavra felicidade. Mas tudo pode ser posto em causa quando o passado volta para pôr Ada novamente à prova.
Imperdível e obrigatória, esta é a história das inúmeras batalhas que temos de travar para conquistarmos o nosso lugar no mundo
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