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Compilações: "Talvez Um Dia" e "Talvez Não" de Colleen Hoover

março 28, 2017 Inês Santos 0 Comments



Depois de uma conversa com uma seguidora nossa, que me disse quer um certo personagem de um certo livro desta autora era parecidíssimo a outro personagem masculino que eu tinha adorado, a minha curiosidade aumentou exponencialmente em relação aos romances desta escritora. Vou ser sincera, apesar de já ter ouvido falar bem, nunca li ao pormenor as opiniões de quem leu. Sendo eu uma daquelas que vai pela capa, nenhum dos livros desta autora publicados cá em Portugal me tinha chamado minimamente a atenção e por isso nunca lhes liguei grande coisa. Mas quando comecei a pesquisar e encontrei o Talvez um Dia e li a sinopse fez-se um clique e decidi que tinha que o ler primeiro que os outros todos. E pronto, foi assim que li um ebook de 300 páginas, no meu telemóvel de 5,5'', durante o domingo, dia 26. Foi uma leitura e pêras!
Começando então pelo primeiro volume, Talvez um Dia: este livro está cheio de surpresas que nos apanham bastante despercebidas. Colleen Hoover lança umas dicas e pistas que até apanhamos, mas quando pensamos que sabemos o que vai acontecer, afinal não era bem aquilo. Pelo menos no meu caso.
Existem cinco personagens mais centrais, sendo três mais constantes: Ridge, Sidney e Warren. Depois temos Bridgette, Maggie, Toni e Hunter. Estes dois últimos, como diz a sinopse, são os traidores e Warren e Bridgette os colegas de casa.
Primeiro que tudo aviso que há muitas lágrimas, principalmente vindas de Sidney. E este foi o único ponto negativo de todo o livro. A rapariga tem razões para chorar, mas ela tanto chora na desgraça como na alegria. Passa o tempo a chorar. O que vale é que Ridge não se importa.
Não querendo entrar em spoilers e sendo muito indirecta, posso dizer que este romance abrange vários temas mais centrais, sendo alguns deles não muito habituais. Imaginem que vão ler um livro da Dorothy Koomson pela primeira vez, e só quando chegam quase a meio é que se apercebem que a personagem que está a contar tudo é preta. Aqui é algo parecido, em termos de situação, e vai-nos acontecer mais que uma vez pela mesma razão e outras por outras razões.
Todos os personagens têm uma carga pesada em termos de Passado, o que vai aumentar a empatia e juntá-la à atracção que os meninos que aqui nos aparecem nos fazem sentir. Digo desde já que homens como Ridge não existem no mundo real, mas podem haver alguns parecidos. E por isso vamos gostar imenso desta personagem, porque as atitudes dele do início ao fim vão ser do mais correcto que há.
Também como diz a sinopse, vai haver ali uma questão complicada. Sidney foi traída e não quer ser traidora e fazer aos outros o que lhe fizeram a ela, mas Colleen Hoover é "ruim" e vai colocar esta personagem e outra muito à prova. E, não bastante, perto do mim ainda dá mais uma machadada. Enfim, muitas razões para chorar por isso cuidado leitoras mais sensíveis! Esta situação não deve ser rara nos nossos dias, mas a autora descreve muito bem o sentimento das situações e foi aí que ela me conquistou. Colleen não prima pelos diálogos fáceis e fluídos, pelo contrário, aposta nos discursos longos ou é forreta nos diálogos curtos, e, para além disso, descreve imenso e esmiúça cada situação, cada sentimento. Ora para quem adora diálogos rápidos no inicio estranhei um pouco e já estava pronta para ler na diagonal aqueles parágrafos enormes, mas depois arrisquei e não é que gostei do que li e aquilo me agarrou completamente?! Portanto preparem-se para lamechice ao máximo, mas daquelas que nós, românticas, adoramos. Muito drama, muita acção também (incluindo murros), muito romance, muita faísca e atracção, daquela que até temos pena dos coitados, e muita brincadeira também (responsabilidade do Warren).
No volume seguinte e único que ainda existe por enquanto, a história que nos é apresentada é a de Warren e Bridgette, quem já conhecemos do primeiro volume mas quase nada sabemos deles.Enquanto que Ridge e Sidney seriam um casal perfeito, estes dois não o são. Parecem completamente diferentes um do outro, mas logo nos primeiros capítulos percebemos que afinal estávamos muito enganadas. Eles complementam-se também.
Aqui encontramos tanta atracção física como no anterior e como este volume tem muito menos páginas, até parece que tudo está compactado, tanto as surpresas que a autora tanto gosta de nos fazer, como as faíscas entre dois personagens. Estes momentos de alta tensão são os meus preferidos, porque fazem disparar a expectativa do momento final. E raios, se a autora na maior parte das vezes não nos faz a vontade! Tortura a 100%. Preparem os vossos corações e tomem os comprimidos para as arritmias, porque se não bem podem precisar do INEM. Ahahahahah
"- Tu beijas como se tivesses a tentar ressuscitar um gato morto. - diz ela, desgostosa.
- Tu beijas como se fosses um gato morto."
Enquanto com Ridge é só expectativa, com Warren a escritora ficou mais atrevida e podemos ler as cenas sexuais com mais pormenor e em muito mais quantidade! Os problemas da personagem feminina principal acabam por ser mais graves, mas a autora preferiu passar à frente muito rápido. Se este pequeno livro era para ser mais compacto e condensado conseguiu e o facto de ter fugido àquele assunto resultou melhor assim, dando só ênfase na insegurança dela no que toca a relações.
No final ficámos sem saber afinal acerca do tal filme porno!
"- O que diabos estás a fazer? - Brennan pergunta.
Eu pressiono a minha anca contra o colchão para que possa gesticular de volta para eles. - Bridgette e eu vamos morar juntos.
Ridge e Brennan entreolham-se, depois de volta para mim. - Mas... vocês já moram juntos. - diz Brennan."
No final foi um livro muito fofo, sem grandes dramas e cheio de cenas divertidas. Incluindo o miúdo morto!! Ahahahah Melhor cena de todas.
Espero que saia mais algum volume e torço para que seja sobre Brennan que infelizmente prometia muita coisa, mas acabou por não ter muita relevância no primeiro volume.
Em relação a Maggie também gostava de saber mais qualquer coisa, mas não o suficiente para um volume inteiro. Talvez um conto como o de Warren.

Sydney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex- melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia o apartamento... Tudo bem, até Sydney descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sydney encontra abrigo na casa de Ridge. Um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para compor e uma atracção que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sydney precisa agora é se transformar numa traidora.
Quando Warren tem a oportunidade de viver com uma colega de quarto, ele instantaneamente concorda. Poderia ser uma mudança excitante. Ou talvez não. Especialmente quando essa colega é a fria e, aparentemente, calculista Bridgette. Tensões vão a mil e os temperamentos explodem pelo fato de os dois não suportarem estarem juntos no mesmo lugar. Mas Warren tem uma teoria sobre Bridgette: qualquer um que possa odiar com tanta intensidade também pode amar com a mesma intensidade. E ele quer ser o primeiro a testar essa teoria. Será que Bridgette irá dar uma chance para Warren e, finalmente, aprender a amar? Talvez sim. Talvez não.

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