Opinião da Ne II: "Casa de Terra e Sangue (Crescent City #1)" de Sarah J. Maas
Em ano e meio este livro de 896 páginas foi lido duas vezes e porquê? Com tanto livro para ler, porque fui eu pegar outra vez nele? Porque esta história é para ser devorada e depois saboreada. Numa primeira leitura não dá para ter atenção a pormenores. Este livro foi escrito para lermos em apneia até ao fim, só respirando quando vamos assoar o nariz e limpar as lágrimas. Depois então quando finalmente estamos refeitas, pegamos nele novamente em meio de tortura, mas desta vez já sabendo o que nos espera e por isso podemos ler com mais calma e com mais atenção. Até porque logo no início temos algumas descrições deste mundo novo, tal como de mil e uma personagens e por isso pode ser algo confuso. Mais uma razão para reler pois toda a gente já é nossa conhecida, já temos os nossos referidos e os mais odiados e por isso a leitura ainda vai ser melhor.
Também desta forma consigo finalmente colocar por escrito o que penso e sinto sobre esta obra de Sarah J. Maas que à semelhança das suas outras obras me cativou a 100% e não me desiludiu uma vez. Vou também tentar não dar spoilers! Prometo!
Crescent City conta a história de uma semi-feérica que poderia ser uma de nós, principalmente quando andava na faculdade. Grupo de amigas, todas amantes de festa com tudo o que estas têm direito. Depois claro que a autora nos prega partidas, que tal como nas outras sagas me partiram o coração e ainda hoje não se pode falar naquele nome que eu volto ao fundo do poço. Não se faz!! É por isso que eu nunca estive a 100% na equipa de Hunt. Não se enganem, eu adoro anjos principalmente com raios e poderes de deuses, mas o meu coração ficou com outro. Desculpa Hunt!
Bryce por seu lado tem aqui o meu ombro sempre que ela quiser. É uma personagem super genuína e que não merece nenhum mal mas merece tudo de bom. Identifico-me imenso com ela porque ela é daquelas que pelos outros não olha a meios e enfrenta tudo o que for preciso, até a morte. E por isso merece todos os poderes que lhe calham e que lhe calharão! É linda, é curvilínea, gosta de si própria, não tem medo de ninguém e ainda goza na cara dos vilões. Aqui a autora esmerou-se no humor, pois cada vez que Bryce abra a boca sai asneira (da boa). Adora-a! Mas como as suas companheiras das outras sagas, ela tem que sofrer bastante até conseguir o seu final feliz e por isso vamos sofrer com ela.
Crescent City ao contrário das outras sagas é mais sobre a amizade que o amor, apesar da tensão sexual estar lá do início ao fim, o que nos faz sofrer de maneira diferente. Mas por outro lado o apoio que a protagonista vai ter de algumas amigas vai compensar tudo e eu li isto mais sofregamente que um erótico daqueles bons.
Mas este livro não pode ser resumido não só a isto. Aqui temos muita acção e muito suspense. Todo o livro está em volta de uma espécie de fascismo e de um crime, em que Bryce e Hunt vão estar envolvidos e não vão estar sozinhos.
O que mais gostei foi o facto de ser uma obra cheia de fantasia com a sua primolux mas ao mesmo tempo passada em tempos modernos, com telemóveis e computadores (incluindo o fofo do Declan). Vamos ter as várias casas, mas aqui achei um pouco confuso, porque umas espécies são de uma casa, mas depois mudam (adoro a Jesiba). Falando em Jesiba, aqui está uma personagem que vamos querer odiar, mas acabamos por odiar; e preparem-se porque no segundo livro ainda vai ser pior.
Como é habitual nesta autora, vamos ter partes mais monótonas e de repente ela lembra-se e há ali um pico de excitação que nos faz acordar e continuar acordadas ao livro. Estes picos valem pela vida, porque nós já estamos ali agarrados, a devorar cada frase à procura de pistas, e de repente, pimba! Acontecimento que nos acelera ou nos parte o coração. Sofremos por Bryce, sofremos por Hunt, sofremos por Danika e até por Ithan. Sofremos por Ruhn (outro fofo), sofremos muito por Lele, sofremos por todos os habitantes,... Depois mais para o final, quando já estamos cansados de tanta aventura, Sarah J. Maas mete-lhe o turbo e aí vamos nós ao sprint final onde arranjamos forças sei lá onde e vamos ali em velocidade máxima, já com o livro a ficar com as marcas das unhas de o agarrarmos com tanta força!
Ufa.
Consegui chegar ao final sem spoilers. Mas espero que tenham percebido o quanto sou apaixonada por este livro e espero que toda a gente o leia um dia e o ache tão excitante e amoroso e delicioso e apaixonante e tudo o que um livro tem para ser especial e para ficar marcado na nossa memória e na nossa pele. Recomendo relerem passado um tempo por tudo o que já disse no inicio.
Bryce Quinlan tinha a vida perfeita - trabalhava duro o todo e festejava noite adentro -, até que um demónio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demónio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos.
Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objectivo: assassinar – sem perguntas – os inimigos do seu chefe. Mas com um demónio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance.
Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente – que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem.
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