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Opinião da Ne: "Corte de Asas e Ruínas" de Sarah J. Maas

abril 20, 2021 Inês Santos 0 Comments


- Cuidado: Spoilers continuam -

Neste terceiro volume começamos a ter finalmente uma Feyre mais forte, graças ao apoio e ao amor do seu parceiro. Sarah J. Maas não a vai deixar descansada claro, e aqui vemos ainda mais ameaças à sua saúde, relações e corte.
O que me lembro melhor deste livro é que quando acabei de o ler estava super cansada. Foi uma leitura quase sem paragens, com muitos acontecimentos, com muitas personagens, muitas lembranças e carga emocional. Quando o terminei senti que muita coisa me tinha falhado e mais uma vez senti aquela necessidade de ir reler tudo desde o inicio. De ser isso que me vai acontecer quando ler o Game of Thrones.
Corte de Asas e Ruínas, mais uma vez tem novos personagens, muitos de cada corte. Tentei visualizar o melhor que pude, mas as descrições dos personagens acabam por se difundir no meio da trama. Como estava sempre de pé atrás, tentando estar atenta à acção e não à descrição, o meu cérebro acabou por filtrar tanta informação e focar-se em quem ia trair quem. A autora já nos habituou a ter pistas e acabamos por dispender tempo a tentar adivinhar o que aí vem. Mas por esta altura já percebi que o melhor é nem tentar adivinhar, porque ela manipula os personagens ao seu gosto. Ou são traidores, ou afinal já não são. Ou vão ter uma ligação, ou afinal nada disso. 
E as irmãs de Feyre? Outro drama! Dá pano para mangas e tudo misturado dá um livro com muitas páginas, com acção que quase parece que se repete. Ora estão em batalha, ora estão a sarar. Ora estão noutra batalha, ou estão a sarar.
E aquele quase fim? Dos barcos?!!! Maior surpresa de todas. Não estava à espera. Sabia que ele estava meio desaparecido mas nunca pensei que o retratasse como herói.
E como sempre, a autora continua a deixar migalhas.
Adorei as cenas dos monstros, a ideia está excelente e bem pensada. Claro que tinha que ser criada alguma hipótese para uma guerra quase sem esperança de ser vencida mas gostei da ideia. Surpresa fiquei quando não foi suficiente. Os desaparecidos com asas aladas (estou a tentar falar em código para não ser um spoiler tão evidente) também já tinham sido referenciados n vezes por isso acabou por não ser surpresa tão grande.
Outra questão que não me fascinou muito, é o poder "forçado" que a autora dá ao Rei Hybern. Quem dizer, Rhys é o Grão-Senhor mais forte de sempre e de todos os tempos, Feyre é a soma de todos os poderes, super forte também, têm os melhores guerreiros, imensas ajudas, e mesmo assim o Rei está sempre à frente, a fazer rasteiras. Muito cansativo este livro, de facto. Acho que ainda estou a digerir um pouco tanto acontecimento.
E aqueles Eris? E aquele Jurian? Hum, ainda vai dar para muita reviravolta. A situação de Lucien com Elain já desisti. Acho mesmo que não vai dar em nada.
Também gostei da autora insistir no "treinamento" de fêmeas e em contar histórias de tradições grotescas para as mulheres. Espero que daqui a mais alguns volumes haja evolução nas guerreiras e que elas façam o Rito de Sangue. Ah e que aquele Lord Devlon tenha uma parceira que lhe mostre e recompense pela escassa cedência que ele tem feito.
Nesta opinião não tenho muito a dizer sem ser comentar os acontecimentos. Tenho principalmente muitas teorias do que irá acontecer. Mas a autora com tantos "ingredientes" novos faz com que nenhuma seja concretizada. E já percebi que o mesmo vai acontecer na saga Trono de Vidro.
A seguir a este li o conto (que me arrependi logo nos primeiros capítulos, mas já vos conto tudo na opinião) e ainda estava a terminar este já estava ansiosa por ler o quarto volume. Espero mesmo que não desiluda.
Já vos falei que continuo viciada na fanart desta série? Terrível!
Ah, as cenas mais picantes continuam claro, mas neste livro já são mais calmas e românticas, apesar de ser engraçado acompanhar a vida do casal, as cenas mais intimas, principalmente quando o resto da trupe foge.
Seguindo os acontecimentos do volume anterior, Corte de névoa e fúria, acompanhamos a saga de Feyre Archeon, que suportou a fome, o frio e a desesperança, atravessou a Montanha e foi Sob a Montanha. Reclamou seu amor, quebrou a maldição e livrou o povo feérico da mais terrível ameaça... ou não? Amarantha pode ter sido aniquilada, mas o rei de Hybern pretende usar o Caldeirão para moldar um novo tempo; uma época de trevas e escravidão.
A guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Nocturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Longe de sua corte, longe de seu Grão-Senhor e verdadeiro amor, ela reúne informações, na esperança de vencer Hybern.
Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. O exército inimigo parece imbatível. Mas o sonho de Velaris é como um farol em meio às trevas. O ideal de um mundo mais justo.
Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.
Sarah J. Maas faz questão de salientar neste livro que Rhysand e Feyre são iguais. A protagonista não é retratada como uma donzela fraca em perigo, ela realmente é uma guerreira forte e determinada! Os personagens são muito complexos, todas as perguntas que permeiam a trama serão respondidas. Corte de asas e ruína é um romance épico que preenche todos os requisitos para um livro exemplar, abrindo caminho de forma impecável para o final de uma série inesquecível.

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