Opinião da Ne: "Espada de Vidro" de Victoria Aveyard
Segundo volume da saga Rainha Vermelha: Espada de Vidro.
Sempre gostei de quando o título aparece ou é explicado no meio da narrativa. No primeiro teve mais lógica, aqui foi mais uma analogia, fraca referência.
Com as expectativas mais calmas, mas ainda muito agarrada à história, lancei-me neste segundo volume com as opiniões de outras leitoras em conta. Muitas delas disseram que este foi o mais fraco dos quatro e eu quis comprovar. Agora que vou no terceiro posso dizer com segurança que... não concordo. Ainda não li os seguintes, mas pelo menos posso comparar com o Rainha Vermelha. Na minha opinião sincera achei-os muito semelhantes, principalmente porque as coisas que menos gostei no primeiro continuaram neste, mas a parte da confusão e da acção ficaram muito melhores, e por isso aquelas descrições que achei enfadonhas, aqui tiveram alguma hipótese.
O conceito da traição continua muito presente e depois do final do primeiro livro vimos preparados para desconfiar de tudo e de todos nesta continuação. Só achei que Mare continua previsível, apesar de mais fria em relação às mortes que causa. Pelo menos Cal continua o coração de manteiga que sempre foi. Fofo! Cada vez gosto mais dele e cada vez tenho mais pena dele pelo lugar que ocupa na história. Muitas vezes até acho que ele se sacrifica tanto como a Mare e enquanto esta só pensa em proteger Kilorn por ser mais "humano" e esquecendo-se de si, Cal continua a estar sempre lá para a proteger. Mas tal como Katniss dos Jogos da Fome de Suzanne Collins, Mare passa mais tempo a ser salva que a salvar os outros.
Aqui também conhecemos e compreendemos melhor a Guarda Vermelha, um ideal e um grupo de rebeldes que nem imagina ser assim tão complexo. Também ficamos a conhecer personagens mais secundárias e novas personagens. Nunca ofuscando os protagonistas, até porque Victoria Aveyard é tão sádica como o George R.R. Martin!
Na Espada de Vidro já me pareceu mais semelhante com os X-Men já que eles andam a recrutá-los, a treiná-los, etc. Isto não é spoiler, penso eu. Quando eu comparo com outra obra não estou a fazer em modo de crítica, até porque sei como é difícil criar uma história original. Mas durante a leitura não consigo evitar que o meu cérebro faça estas comparações, tal como não consigo não referir isto aqui na opinião, já que foi uma sensação constante.
As reviravoltas continuam, o trio amoroso continua, as aventuras prosseguem, e novos casais e personagens surgem. Não sou fã de Cameron, apesar de ela ter razão. Ainda por cima ela vai ter mais protagonismo no terceiro volume, o que me incomodou um pouco.
Continuo a adorar as explosões de Mare. É uma daquelas personagens que está sempre a ser feita num oito, cheia de cicatrizes, cheia de remorsos e pesadelos. Mas é isso que gosto nela e em todas as outras, porque mostram que não são frágeis e mesmo depois de irem ao chão e serem espezinhadas ainda se levantam sem um olho (estou a exagerar) e ainda lança um raio ao mais próximo. Ao contrário de Cameron, gostei de Evangeline no Rainha Vermelha e tenho pena que víbora como aquela não esteja presente neste volume. O mesmo não acontece com a rainha Elara que pouco está presente, mas mesmo essas poucas páginas são o que são. Preparem-se! Maven também pouco vai aparecer, apesar de estar sempre presente na história. Temos mais e menos de Shade - outro personagem que entrou para o meu coração. Temos mais traições e mais provas de amor e amizade.
Vejo este livro como uma passagem ou um capítulo daqueles descritivos, que apesar de ter conteúdo não é o que procuramos ler nem é tão viciante, mas que sabemos que temos que pegar, ler e passar à frente porque se não o fizermos vai deixar uma lacuna na história. Apesar disto tudo, continuo a gostar e li sem grandes interrupções. Não vou com tanta vontade para o terceiro, talvez pelo final deste, mas estou com expectativas de ser surpreendida já que consegui não ler nenhum spoiler como fiz para o primeiro e para este. Neste último caso o spoiler chegou-me ao ler comentários de leitoras e fãs no Instagram da escritora.
Brevemente a opinião d'A Jaula do Rei.
O novo e eletrificante capítulo da série Rainha Vermelha intensifica a luta de Mare Barrow contra a escuridão que cresceu na sua alma… O sangue de Mare Barrow é vermelho mas a sua capacidade Prateada, o poder de controlar os relâmpagos, transformou-a numa arma que a corte real tenta controlar. A coroa acusa-a de ser uma farsa, mas quando ela foge do príncipe Maven - o amigo que a traiu -, Mare faz uma descoberta surpreendente: ela não é a única da sua espécie.Perseguida por Maven, Mare parte para descobrir e recrutar outros combatentes Vermelhos e Prateados que se juntem à batalha contra os seus opressores. Mas Mare encontra-se num caminho mortífero, em risco de se tornar exatamente no tipo de monstro que está a tentar derrotar. Será que ela vai ceder sob o peso das vidas exigidas pela rebelião? Ou a traição e a deslealdade tê-la-ão endurecido para sempre?
Classificação: 4/5 cupcakes
Ainda bem que gostaste do livro. Não é dos mais fáceis de ler, mas a história é interessante.
ResponderEliminar*** ALERTA SPOILER *** CONTINUA POR TUA CONTA E RISCO *** (NÃO É GRANDE MAS NÃO QUERO SABER!)
Mais interessante ainda é a comparação que fizeste da Mare e da Katniss. Nunca me tinha ocorrido mas tens toda a razão (e ainda não leste a série toda!). Disseste que irias à procura de spoilers por isso acho que não me vou arrepender do que acabei de dizer 😅 Espera, deixa-me colocar "Alerta Spoiler" no início deste comentário 😆
Boas leituras!
ahaahah não vi assim muito spoiler, mas também não sei se me vou arrepender do que estou a dizer XD
EliminarDe onde é que vem a referência à espada de vidro mesmo? Não me lembro!
ResponderEliminarera uma analogia super fraca sobre ela ser uma espada de vidro tipo fragil que o Maven está a usar. Acho que é isso.
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