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Opinião Young-Adult: "Nunca, Nunca - Parte III" de Colleen Hoover e Tarryn Fisher

abril 08, 2019 Inês Santos 0 Comments


Opinião de Nunca, Nunca - Parte I e Nunca, Nunca - Parte II

Esta trilogia é composta, a meu ver, por três contos e não três livros, já que cada história é relativamente curta e como fazem parte de um todo, espero que sejam publicados como isso. Separados são demasiado pequenos e a pausa que é feita de parte para parte só contribui para o suspense e o mistério, mas se for vendido como três partes acho que não valerá o dinheiro.
Conhecendo Colleen Hoover, mas não conhecendo Tarryn Fisher, posso mesmo assim reconhecer o contributo de cada uma. Continuo por isso a achar que Colleen Hoover ganha muito mais em escrever sozinha. Apesar de ter achado um romance mais fraco que todos os outros que li da autora, acredito que este livro reunido num só, sem grandes pausas e com um pouco mais de desenvolvimento estaria à altura de todos os outros.
O romance está lá, mas as personagens, mesmo com todos os obstáculos por que passam, pareceram me tão imaturas. O amor também está presente, mas em 90% das partes achei que era demasiado unilateral, já que Charlie apenas demonstra esse amor mesmo no final.
Há envolvimento de outras personagens, mas nem as considerei secundárias, já que elas estão presentes mas o seu contributo é nulo. Se não estivessem lá, a acção desenrolar-se-ia na mesma ou semelhante.
Achei que ficaram muitas pontas soltas, principalmente nas suas relações com os pais e entre estes. O passado é mencionado, mas não é bem desenvolvido. Existem personagens que surgem na primeira e na segunda parte, que depois desaparecem de repente - o que contribui para uma maior descontinuidade entre as partes, já não bastando termos três princípios e três finais.
A escolha dos nomes também me pareceu algo confusa, mas já percebi que é uma das características desta autora, já que não é a primeira obra em que isto me acontece.
No geral, é uma historia muito querida, em que a inocência dos personagens é o que nos cativa. Adicionando ao que eu já disse, se esta fragilidade fosse mais desenvolvida ou aproveitada, este romance poderia ser algo muito mais cativante. Assim, são só dois protagonistas sem memória, que se vão recordando aos poucos, mas que estão constantemente a voltar à estaca zero. No final, temos uma conclusão um pouco diferente do que esperava na primeira parte, mas muito fraca em relação ao que esperava na segunda.
Estou curiosa para saber se sou só eu que vejo estes pontos todos como fracos e se estou a ser demasiado exigente. Só sei que ainda bem que os li com períodos de tempo tão espaçados, porque assim consegui relembrar apenas os pontos positivos que ficaram na memória e começar a parte seguinte com mais entusiasmo do que com que finalizei a última.

Juntos, Silas Nash e Charlize Wynwood devem olhar mais fundo no passado para descobrir quem eram e quem querem ser. Com o tempo a passar, o casal corre para encontrar as respostas de que precisa antes de perder tudo.
Eles podem recuperar o que já tiveram? E restaurará quem eles eram uma vez?

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