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Opinião da Ne: Punk 57 de Penelope Douglas

julho 24, 2022 Inês Santos 0 Comments


No âmbito da leitura conjunta do Erotic Club e finalmente saindo em português, acabei por finalmente ler este livro em formato físico, apesar de o ter em ebook há uns tempos.
Desta autora apenas tinha lido o Paixão Proibida e lembro-me de ter gostado, pelo menos mais que este. O que não gostei de Punk 57 começa logo no título. Não penso que tenha sido o melhor porque além do significado estar presente, é um pouco irrelevante para a história principal, além de que engana, porque Punk é uma coisa, 57 é outra.
Apesar de ser um livro com muitas páginas, a história em si bem "espremida" poderia ter sido muito mais curta, mas Penelope Douglas acrescentou ali muitos acontecimentos semelhantes, canções bem compridas e cartas. Comparadas com as de Colleen Hoover, estas letras de músicas ou de poesia estão a quilómetros de distância - talvez o sentido se tenha perdido com a tradução, mas senti zero ao ler aquilo até que acabei mesmo por saltar essas partes.
Gostei das partes eróticas mas pareceu-me tudo tão fácil, mas por outro lado estamos a falar de adolescentes, com muitas hormonas e muita coisa a descobrir, por isso acabou por ser mais real. De qualquer forma ninguém pode negar a química entre Ryen e Misha. A questão dos nomes baralhou-me um pouco, até porque eles não vão ser eles e vão haver muito mais. Apesar disso, a história não é muito original e conseguimos adivinhar tudo do início, a questão é que quis continuar a ler apesar de tudo.

POSSÍVEL SPOILER NO PRÓXIMO CAPÍTULO

Gostei principalmente dos temas abordados como o bullying, os distúrbios alimentares, assédio sexual, luto (trigger warnings), mas também o significado da amizade verdadeira, confiança, amor, almas gémeas, amor familiar, etc. Não posso negar que não é um livro bem complexo e recheado de temas reais e personagens realistas, só achei um pouco rebuscado as ligações familiares, a liberdade dos jovens e até o espaço físico - é tudo retratado de alguma forma muito próxima e foi difícil imaginar as deslocações.
"Ela pode ser um pesadelo, mas isto é muito melhor que qualquer sonho."
Em relação à história em si, a sinopse conta-nos apenas o início e não nos prepara para o resto. Adorei a cena em que ele a vê pela primeira vez e a surpresa seguinte. Foi aí que a história me agarrou muito mais. Estava à espera de uma troca de cartas diferente, mais ao estilo das Cartas Picantes de Vi Keeland, mas assim também resultou, apesar de ser mais "palha". Retratou bem o crescimento da relação deles e a sua inocência, e funcionou bem como base para o que iria acontecer depois, apesar de serem ambas pessoas completamente diferentes e servindo para acrescentar drama. Sinceramente, agora que terminei, acho que a autora complicou demais um romance que teria funcionado melhor se fosse mais simples, já que as complicações que acrescentou foram resolvidas de forma demasiado rápida depois da longa espera. Não consigo explicar melhor, mas espero que percebam o que quero dizer depois de lerem.
De qualquer forma, é um romance jovem adulto que entretém imenso, lê-se muito bem, apesar de uns erros de revisão que podemos encontrar ao longo de todo o livro. Há muitas personagens, de várias faixas etárias, com quem nos podemos relacionar e sentir empatia, tem bastante cenas eróticas e de expectativa e muita acção, por isso é sem dúvida uma boa leitura de verão. Eu apenas estava à espera de mais depois de toda a publicidade e hype.
Durante anos, Misha Lare e Ryen Trevarrow escreveram cartas um ao outro. Tudo graças a um engano dos seus professores da escola primária, que pensaram que eram do mesmo sexo e os designaram como amigos por correspondência.
Não pararam de escrever desde então. Só têm três regras: nada de redes sociais, números de telefone, ou fotografias.
Mas Misha não escreve há três meses. Algo está errado. Será que ele morreu? Foi detido? Conhecendo Misha, nenhuma das duas hipóteses é de descartar.
Sem ele por perto, Ryen está a enlouquecer.
Ele pode ter desaparecido para sempre.
Ou pode estar à sua frente, e ela nem sequer saberia.
Tinham uma coisa boa. Porquê arruiná-la?

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