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Opinião Sobrenatural/Fantasia: "Três Coroas Negras" de Kendare Blake

novembro 29, 2018 Inês Santos 1 Comments


Se seguem minimamente as minhas opiniões já repararam que não faço resumos da história, para isso existe a sinopse, mas como esta é demasiado introdutória e não serve sequer para o começo da minha opinião vou ter que fazer pequenos resumos para conseguir transmitir tudo o que quero dizer sobre este primeiro volume das Três Coroas Negras.
Já há muito tempo que não lia nada deste género literário e por isso tratei de o adquirir porque além de gostar da capa a sinopse intrigou-me imenso. Mal eu sabia que não ia ser nada do que eu tinha imaginado.
O livro está dividido em inúmeros capítulos, cada um correspondente a cada rainha ou a cada "casta". Todo este mundo de Kendare Blake se divide nos Envenenadores, nos Naturalistas e nos Elementais, e cada um tem a sua rainha, rainha esta que é entregue a cada um dos seus lideres para serem treinadas enquanto o seu poder não se insurge e quando chegarem aos 16 anos poderem matar as outras duas irmãs para essa "casta" continuar ou se tornar a dominadora.
Tentando não dizer nada importante e que seja spoiler, quando a rainha dá à luz as suas trigémeas sabe logo qual é o poder de cada qual. A autora vai-nos apresentando as regras deste mundo e os vilões de cada "casta" que se unem e vivem como vemos no Divergente por exemplo. Cada um com os seus poderes, tendo dentro de casa "casta" os mais fracos e os mais fortes, sendo estes últimos os mais respeitados e quem acaba por gerir e governar cada facção.
O que eu posso dizer deste livro é que nada vai ser como se espera, só havendo umas cenas no final um pouco mais óbvias mas que mesmo confirmando as nossas suspeitas não vai deixar de manter uma porta enorme bem aberta para a continuação.
Alternadamente em cada capítulo vamos conhecendo a história das três protagonistas, que acabam por não ser as personagens principais, já que os vilões e as melhores amigas roubam um pouco este protagonismo ao longo do livro.
Estes capítulos foram um dos pontos mais negativos. Em vez de deixarem um assunto pendente e nos manter curiosos, eram demasiado curtos, acabavam muito repentinamente e contribuíram para uma sequência um pouco confusa de acontecimentos, principalmente quando há lapsos de espaço temporal que, na minha opinião, contêm cenas tão importantes como as que a autora nos relata. Exemplo do urso.
Mirabella, Katherine e Arsinoe são três irmãs muito diferentes cujas personalidades no fim se transformam completamente. Para mim até parecem personagens diferentes. Claro que tomo em conta todos os acontecimentos, armadilhas e traições que cada uma delas vive (e coitadas, passam por muito), mas não deixo de ter essa impressão, de que a autora quis criar um clima à força de discórdia e para isso todas as três se transformaram da noite para o dia.
É uma história um pouco mal contada, na minha opinião, mas com uma história que daria para um livro de 5* como aconteceu com o Cinder. Tem alguns pontos em comum com outros best-sellers muito característicos e evidentes deste tipo literário. De qualquer forma não posso só dizer coisas negativas. O que achei de mais positivo nestas páginas foram as amizades e traições, os complôs e toda a malignidade que a escritora conseguiu colocar nestas poucas páginas. As emoções são muito fortes, mesmo com esta narração, e por isso só me faz pensar que se tivessem aproveitado ao máximo cada cena, cada personagem, este livro iria ser mais que memorável e iria torcer bem forte o nosso coração.
Adorei a filosofia dos naturalistas e foi com estes que mais me identifiquei. Imaginem um pouco a história do Avatar e perceberão a filosofia.
Ainda temos os Continentais, que são os não mágicos (aqui percebi um pouco a influência do Harry Potter) que visitam a(s) ilha(s) e contribuem com pretendentes. Gostei do papel destes pretendentes e da sua influência na história (viram? mais um ponto positivo).
Em relação às personagens, comecei com uma opinião em relação às três irmãs e a Jonathan (por exemplo), que, a meio do livro, mudou bastante. Arsinoe e Katherine são fraquíssimas, que apesar dos seus 16 anos, têm algumas atitudes mais heróicas e sobrevivem a imenso, mas depois têm atitudes muito fracas e regressivas. Mirabella foi a que se manteve mais constante com alguma evolução. Jonathan por seu lado foi a minha maior desilusão. Tinha tantas expectativas! Enfim... homens...
Em jeito de conclusão, encontrei imensas influências de outros livros do género, mas considero que Três Coroas Negras não chegou sequer aos seus pés. Considero que tinha imenso potencial, mas que este não foi aproveitado, ou então sou eu que ando muito exigente. Acho que a culpa foi mesmo da disposição e tamanho dos capítulos, mas não deixo de querer conhecer o que se segue, apesar de não ser com grande entusiasmo, mas não deixo de continuar a ter alguma expectativa.

Três rainhas herdeiras de um só trono, cada uma possuindo um poder mágico muito cobiçado. Mirabella é capaz de inflamar o incêndio mais violento ou a tempestade mais terrível. Katharine consegue ingerir um veneno mortal sem sentir os seus efeitos. De Arsinoe diz-se capaz de fazer florir a rosa mais vermelha e controlar o leão mais feroz.Mas para uma delas ser coroada rainha, não basta ter a linhagem certa. As trigémeas terão de conquistar o seu direito à coroa, lutando por ele… até à morte.Na noite em que as irmãs completam 16 anos, a batalha começa. E a rainha que sobreviver, conquistará a coroa!

1 comentário:

  1. Eu gostei muito, mas quanto mais penso no livro, mais vejo os seus problemas. Acho que a história devia ter sido desenvolvida de outra forma, para além de que falta explicar melhor o mundo deles.

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