ASA/1001 Mundos
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Opinião da Ne
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Romance Contemporâneo
Relembro esta obra como algo simples, mas com as suas pequenas pérolas. Refiro-me particularmente aos seus cenários, que são os pontos mais fortes desta narrativa. Contrabalançando assim com as coisas menos boas que encontrei.
Opinião Contemporânea: "Aquele Verão na Toscana" de Domenica de Rosa
Relembro esta obra como algo simples, mas com as suas pequenas pérolas. Refiro-me particularmente aos seus cenários, que são os pontos mais fortes desta narrativa. Contrabalançando assim com as coisas menos boas que encontrei.
Adorei Toscana descrita por Domenica de Rosa. A curiosidade e o desejo de conhecer semelhante região cresceu exponencialmente. Adorei também o romance entre Mary e Aldo. Foi algo que nunca tinha encontrado nas minhas leituras. Este último exemplo reforçou ainda mais a minha opinião, talvez um pouco negativa, de que as personagens de Domenica parecem não corresponder à idade que a escritora lhes atribui. A maior parte delas nem as consegui sequer imaginar, sendo assim transmitidas como figuras sem rosto, principalmente no caso de Sally e Rick.
Ao inicio gostava bastante da personagem Patrícia. Esperei sempre algum acontecimento mais forte e marcante, mas quando este estava prestes a acontecer a autora decidiu presentear-nos com uma cena quase de loucura, o que denegriu em parte a minha opinião de Patrícia, que só veio a melhorar quando esta encontra o homem louro com o cavalo branco. Esse foi o meu momento preferido, que apesar de não ter sido surpresa, foi sendo ansiado ao longo da história, já que a escritora nos vai dando palpites.
Não gostei muito dos textos apresentados das personagens. Não falo do conteúdo, mas sim da ideia de os incluir no decorrer da narrativa. Achei que serviram um pouco para encher o livro e não para acrescentar algo à história. Se era para conhecermos a escrita dos membros do grupo, penso que os pareceres de Jeremy nos dão bastante material. Apesar disso, gostei dos e-mails de Anna, tal como todo o historial desta, e, principalmente, do seu pedido de casamento: simples, mas original e muito engraçado.
A cena final entre Matteo e Fabio não me surpreendeu minimamente. A escritora dá-nos uma pista bastante óbvia muito próxima do momento, o que acaba por estragar o efeito surpresa. Apesar disso, achei que foi uma reviravolta interessante, mas que podia ter sido melhor aproveitada.
De resto, tanto Sam como Cat tiveram apenas o propósito de "enaltecer" a personagem Anna, o que, mais uma vez, não teve grande relevância para a história. O mesmo acontece com Dorothy, com a sua história de infância.
Concluindo, é uma obra leve, mas sem grande conteúdo. Apenas se aproveitando um dos romances e, principalmente, as descrições dos cenários. A escrita não é muito desenvolvida nem original, tal como a capa ou até a sinopse, que por sua vez acabam por ser um pouco enganadoras quanto ao que vamos encontrar no interior.
Todos os anos, Patricia O’Hara abre as portas do seu magnífico castello do século XIII e organiza um curso de escrita criativa na deslumbrante região da Toscana.
Mas este ano, algo paira no ar quando os sete aspirantes a escritores se juntam à beira da piscina para trocar mexericos, namoriscar e escrever o livro das suas vidas. Em pouco tempo, Mary, a solteira convicta, descobre os encantos de partilhar uma Vespa; o sedutor Jeremy rende-se a talentos que não apenas os seus e até a pragmática Patricia vai arranjar tempo para uma paixão acidental.
Graças a esta mistura explosiva de egos e criatividade, segredos obscuros e visitantes inesperados, uma coisa é certa: nunca se assistiu a um Verão como este.
Quando o curso chegar ao fim, as suas vidas terão mudado para sempre. E um deles chegará mesmo a escrever um livro…
Tal como um copo de prosecco num final de tarde de Verão, Aquele Verão na Toscana é um deleite para a alma.
Edição - Junho 2011
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