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Compilações: Procura-se um namorado e Punk 57

agosto 11, 2022 Mafi 1 Comments

Duas novidades dos últimos tempos, tão diferentes mas que gostei bastante de ambas




Começando pelo "Procura-se Namorado" um dos mais recentes lançamentos da Desrotina, já há algum tempo que andava curiosa com este livro de um autor que eu pensava que até era uma autora mas sempre achei este livro muito parecido com o "Branco, vermelho e sangue azul" então fui adiando a leitura deste exemplar até que a Desrotina o anunciou como lançamento de Junho e não resisti em voltar a Londres pelas páginas deste livro. O resumo da história é simples, temos Luc filho de duas estrelas da música rock que está sempre na primeira página dos tablóides pelos piores motivos. Como tal ele acha que a melhor forma de sair dessa situação que ameaça arruinar um emprego de sonho é arranjar um namorado falso. 

O namorado falso perfeito parece ser Oliver, um advogado certinho que aceita entrar no plano de Luc e tudo até estaria bem se eles até fossem parecidos. O problema é que não podiam ser mais o oposto um do outro. 

Gostei dos protagonistas mas não posso dizer que tenha adorado. Ambos têm os seus defeitos e qualidades e gostei da relação de ambos mas acho que depois da metade, o livro caiu um bocadinho no ritmo e custou-me muito mais a ler. Eu li 60% do livro praticamente em dois dias e depois demorei quase uma semana a ler os restantes 40%.

Acho que isto deveu-se a uma parte da história que acaba por não focar-se tanto no relacionamento do casal mas sim envolvendo a família do Luc. Foi interessante o autor abordar esse tema e fugir um pouco ao romance, conseguimos acompanhar realmente a fundo os problemas de Luc e toda a sua situação familiar mas ao mesmo tempo achei que se alongou demais e foi uma situação muito focada na segunda parte do livro e não foi equilibrada ao longo do mesmo. 

Quando ao Oliver, ao princípio achei que a ia ser uma personagem um pouco mais chata por ser tão certinho mas vamos vendo que t tantas inseguranças quanto Luc e gostei deste contraste. Temos mais personagens como os amigos de Luc que acabam por ser mais uma componente de comédia e não são muito exploradas. 

A continuação já saiu lá fora e espero que não demore muito para continuarmos a acompanhar este casal. No geral gostei da escrita do autor e fiquei curiosa para ler outros livros dele, especialmente os romances com personagens heterossexuais.






Passando à segunda novidade e totalmente diferente da primeira, "Punk 57" é um livro já bem antigo, de 2016 mas que devido ao tiktok teve um novo interesse na comunidade literária.

Já tinha lido o livro anterior da autora e tinha  gostado muito apesar do assunto tabu e decidi também avançar para este com expectativas moderadas porque ouvi falar muito bem mas também muito mal, que o livro era tóxico e tinha muitos problenas. Decidi experimentar por mim mesma e só digo que o livro tem os seus problemas sim mas eu gostei imenso e é muito viciante.

O livro conta a história de Misha e Ryle, dois adolescentes que moram em cidades próximas e em nome de um projeto antigo começam a corresponder-se por carta, construindo assim uma amizade íntima entre eles. Mas ambos tem um acordo: não  procurar-se nas redes sociais ou  tirar fotos e até trocar números de telefone. Se a amizade funcionou até agora não precisam de mudar isso. Até que há um dia em que o destino decide juntá-los embora uma parte não saiba a identidade do outro 

Os dois acabam por relacionar e a relação não podia ser mais explosiva e cheira de hormonas, com muito sexo mas também com muita confusão e discussões... Contudo a conexão de ambos é palpável e acabam sempre por voltar aos braços um do outro. 

Tinha lido algumas críticas quanto à personagem masculina mas sinceramente achei a Ryle até mais problemática do que o Misha. Vê-se que é um adolescente a descobrir-se quem é, com sentimentos confusos às expectativas que têm dela e vê na arte uma forma de expressão de toda a confusão dentro de si. Gostei da autora ter abordado estes conflitos na adolescência e o importante é que Ryle vai crescendo e ficando mais madura ao longo do livro. O Misha também não é uma personagem perfeita mas eu gostei imenso dele e no geral da relação de ambos que acaba por ser o vício do livro. 

Em conclusão, Penelope Douglas apresenta uma história sexy com muitas hormonas adolescentes mas até divertida de se ler. Não é um livro para levar muito a sério se não vamos passar o tempo todo a revirar os olhos mas eu acabei por gostar bastante e espero que a Quinta Essência continue a apostar nesta autora. 



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