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Opinião da Ne: "A Vida Invisível de Addie LaRue" de V.E. Schwab

dezembro 27, 2021 Inês Santos 0 Comments


Mais um hype lido e terminado! E que segunda oportunidade dei a esta autora.

Depois de ler A Magia Mais Escura que foi uma experiência diferente e estranha e ainda hoje não sei se gostei muito ou mais ou menos. Esta segunda tentativa foi exactamente igual. Padrão autêntico!

Vamos então ao que eu gostei e não gostei neste livro gigante mas com capas lindas e épicas.

Gostei dos pormenores principalmente, as sardas dela, por exemplo, referenciadas em múltiplos sítios!

Consegui perceber o porquê de várias leitoras e leitores dizerem que o inicio é lento, mas pessoalmente fiquei cativada pelas duas Addies. Se não sabem este livro é daqueles com dois espaços temporais, passado e futuro. Eu sempre gostei mas tenho noção que no inicio torna-se confuso, mas também sei que no final compensa, porque quando tudo se junta e revela, o final é muito mais saboroso e vale a pena. Mas, apesar disso tudo acabei por preferir os POV's mais recentes, de 2014, por ser uma Addie mais independente, com outro modo de vida e outra visão do que quer de si e dos outros.

As referências mais eróticas foram as piores. Não metam esta escritora e escrever um erótico, porque a senhora vira gelo nestas descrições! Não sentimos um único grau a subir e achei tudo muito metódico e descritivo. Sem emoção, sentimento, nada! Aqui também temos o factor da velocidade, em que despeja a cena e passa à frente seja relativa a encontros amorosos, seja quando Addie passa por um período muito negro. Cena muito estranha e que me fez torcer muito o nariz.

Para além destas cenas, acho que no geral a escrita de V.E. Schwab é assim. Tem cenas muito fortes, cheias de duplos sentidos, mensagens nas entrelinhas, mas depois tem uma escrita tão monocórdica (na minha cabeça), tão sempre no mesmo registo, que acaba tudo por perder o brilho e ser uma leitura muito linear.

Os personagens são talvez o mais rico que podemos encontrar aqui. Adorei Addie, adorei Luc, adorei Henry, adorei personagens secundárias, adorei cenários. Viajamos de forma muito fácil por Paris e outras cidades; e não nego que o enredo é muito bom.

As últimas 100 páginas foram lidas bem mais rápido e agora sim de forma interessante. Aqui também percebi a importância das outras 400, porque temos que ir conhecendo algo de Luc também, que foi aqui o meu personagem preferido, mas... mais uma vez nada de memorável.

Aqui há romance sem haver, há história sem haver, há referências históricas muito rápidas, tal como referências a personalidades bastante rápidas também. Enriqueceram este conto, mas não foram pontos altos nem contribuíram para tornar tudo mais interessante, apenas curioso.

O fim foi bem aberto, mas espero bem que a autora o deixe por aqui, porque foi perfeito para a conclusão desta história desta personagem solitária, deste casal e por fim deste trio. 

É uma história comprida, mas se fosse editá-la cortava metade dos capítulos. Quando Henry fala do livro achei um pormenor engraçado, porque é quase como se nos obrigasse a olhar fora do livro, fora da caixa. Ainda não consegui perceber se gosto desta escritora ou não. Acho que V.E. Schwab tem óptimas ideias, óptimas personagens, mas no fim é demasiado monótona e desinteressante a contar as suas histórias. Não diria que é palha, mas sim divagação. Faz-me gostar do livro e relembrá-lo com alguma nostalgia, mas não os torna memoráveis e quem os adora é porque os romantiza demasiado e gosta de livros mais "filosóficos". Se és assim, então esta escritora é para ti.

França, 1714.
Num momento de desespero, uma jovem sela um acordo que lhe garante a imortalidade em troca da maldição de ser esquecida por todos aqueles com quem se cruza.
Mas, 300 anos depois, Addie cruza-se com um rapaz que se lembra do nome dela.

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