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Opinião da Ne: "Tudo O Que Nunca Fomos (Deixa Acontecer #1)" de Alice Kellen

dezembro 27, 2021 Inês Santos 0 Comments

 


Sabem aqueles livros que logo nas primeiras páginas percebemos que o autor gostava era de ter sido poeta? Foi o que senti neste livro. Mal o comecei a ler percebi que todo o texto que não fosse diálogo iria ser daqueles que puxam para o filosofo. Foi um dos primeiros pontos que me fez não gostar desta leitura pois este tipo de texto que chamo lamechas e poético não coaduna de todo com este tipo de história. Este tipo de passagem (ver em baixo) não me conquista minimamente, conquista é um belo rolar de olhos.

"Ligara o gira-discos e, não sei porquê, pensei que os acordes da canção se tinham enredado no seu cabelo e a tinham empurrado para o terraço, passo a passo, nota a nota."

Talvez tenham sido as expectativas, mas estava à espera de outro tipo de enredo e de história. Sinto que o diamante está lá, mas que me foi mostrado de maneira errada.

Semelhante a este livro só me lembro do Sorrisos Quebrados de Sofia Silva, mas mesmo aqui ela consegui criar uma história com muita dor e sofrimento da parte da protagonista, sem tornar tudo muito dramático ou depressivo.

Mesmo com o inicio não consegui criar empatia com Leah, o que acabou por me fazer não entrar na história. Por seu lado, também Axel não me cativou; penso que a maneiras como nos é contada a história, mesmo na primeira pessoa faz o livro leve de mais, mas com temas tão pesados. E mesmo entre eles, mesmo com a sinopse a dizer-nos que ela já foi apaixonada por ele, nada disso se sente (ou senti), nem quando ele lhe chama "minha querida" que me faz lembrar as minhas doentes velhotas a falar para mim e não um solteiro de 30 anos para uma pré-adulta de 20.

Gostei da divisão dos capítulos por meses, mas achei que há muito espaço em branco e os capítulos são super curtos. E talvez seja por isso que o livro se lê bem e rápido.

Um pormenor interessante foi a diferença de idades entre eles que apesar de referida não é tida como algo negativo. Também achei interessante o facto de serem os dois loiros, o que já há muito tempo não encontrava em nenhum livro, quando agora há sempre um casal gay ou personagens de cor. Aqui é tudo muito branco, digamos assim. 

Apesar do estado de espírito negro de Leah, este livro com esta capa, estes capítulos e a constante referência à praia, ao mar e à pintura, acaba por ser um livro bastante colorido e iluminado. E por isso, mais uma vez, não senti aquele peso do luto e da desgraça em nenhuma parte do livro.

Foi um livro que não consegui continuar para além da página 126. A história até pode ser fofa mas a escrita da autora, o facto de ser um mundo muito adolescente não me cativou de todo e não consegui retomar a leitura depois de parar. Estou numa fase que com tantas leituras não consigo fazer o dito "frete". Tenho pena porque estava com muitas expectativas mas não deu.

Leah está destroçada. Leah já não pinta. Leah é um fantasma desde o acidente que lhe levou os pais.
Axel é o amigo do seu irmão mais velho e, quando aceita recebê-la em casa durante uns meses, quer ajudá-la a encontrar e a colar os pedaços da rapariga cheia de vida e cor que outrora foi. No entanto, Axel não sabe que ela sempre esteve apaixonada por ele, apesar de serem quase família… nem sonha que a sua vida está prestes a mudar.
Porque ela lhe está proibida, mas desperta-lhe os sentidos.
Porque há o mar, as noites estreladas e os discos de vinil dos Beatles.
Porque, às vezes, basta um deixa acontecer para ter tudo.
Este é o primeiro livro de uma série de dois volumes repleta de emoções!


 

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