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Opinião da Ne: "O Príncipe Cruel" (The Folk of the Air #1) de Holly Black

junho 11, 2021 Inês Santos 0 Comments

 


As expectativas são um sentimento muito forte e influenciador. Se pegamos num livro com expectativas muito altas, quase de certeza que não vamos gostar no final de tudo. Pois aqui, neste primeiro livro desta trilogia feérica as minhas iam muito baixas depois de tanta gente me dizer que não gostou muito e que até desistiu a meio. Mas! Eu adorei.
O inicio pode fazer qualquer um deitar a cabeça na almofada e adormecer, mas como queriam que Holly Black iniciasse esta história sem fazer um pequeno enquadramento? Ou explicar um pouco sobre os reinos feéricos? Ainda por cima, no prólogo temos logo o relato de um assassino e de um rapto (está na sinopse, não é spoiler). Que querem mais? Ah e se não gostaram deste inicio, então a trilogia do Shadow and Bone de Leigh Bardugo não é para vocês.
Também poderão estranhar a personagem de Jude, a protagonista, mas eu adorei-a pelo seu quê de louca. É uma personagem feminina bastante corajosa, mas que perdoa fácil. Foi raptada, é órfã e sofre e bullying, mas mesmo assim vai à guerra e... não vou dizer mais.
Ultimamente, ou desde que li A Corte de Espinhos e Rosas de Sarah J. Maas, ando viciada em fanart. O talento destes artistas ultrapassa-me e não há um livro que eu não vá ao Pinterest ver como as personagens são retratadas. Mas aqui apesar do talento não encontrei um Cardan que me conquistasse o coração. Demasiado excêntrico. Não resisto a um princepezinho de conto de fadas, e definitivamente ele não é um deles, nem no livro nem fora deles. Apesar disso tudo, a meio do livro acabei por começar a gostar dele mesmo com todos os seus imensos defeitos. E o final promete-nos mais dele.

"If I cannot be better than them. I will become so much worse."

Voltando à história, O Príncipe Cruel é um livro muito fácil e rápido de ler. Em papel as folhas são grossinhas e as margens generosas, mas a história em si tem bastante acção, com poucas cenas paradas e por isso achei que soube a pouco. Quero mais! Holly Black não se foca muito em bailes, apesar de os haver, nem em vestidos e romance, apesar de haver também. A autora gosta é de trama, estratégia, sadismo, assassinato, e por aí adiante. Não é um thriller, mas é um romance New Adult (não acho que seja young-adult) com muita fantasia mas muitas reviravoltas. Já disse que gostei?
Em relação às restantes personagens gostei da Vivi e o amor dela pelo mundo mortal, de Taryn já não gostei assim tanto - ela é o oposto da irmã, coisa mais insonsa. Em relação a Locke as dúvidas foram muitos e as minhas teorias ainda se mantêm. Madoc, Ork, Oriana (faz-me lembrar a Fada Oriana da Sophia de Mello Breyner eheh), etc foram todos personagens secundários super interessantes e que ainda vão ter papéis cruciais a esta trama. Espero eu.
E o que mais me entusiasma é saber que o segundo e o terceiro volume ainda são melhores (dizem... lá vêm as expectativas outra vez).
Outro ponto que queria frisar é o facto de que em 99% dos livros que tenho lido há sempre um casal LGBT, e este não foge à regra.

Passaram dez anos desde que Jude e as irmãs foram raptadas pelo assassino dos seus pais e levadas para Faerie — o reino das fadas. Jude sente um verdadeiro fascínio pela beleza destes seres mágicos e imortais, mesmo sabendo que também são malévolos e impiedosos, e continua a sonhar em pertencer a este mundo encantado.
Mas o povo das fadas despreza mortais e, para se tornar cavaleira e receber um lugar na Corte, Jude tem de arriscar a sua mortalidade e desafiar o príncipe Cardan, o filho mais novo e mais cruel do Rei Altíssimo. O príncipe odeia Jude e tudo fará para se ver livre dela. TUDO!
É então que Jude se envolve nas intrigas e actividades de espionagem do palácio, acabando por descobrir o seu próprio talento para derramar sangue. E quando o seu sonho está prestes a tornar-se realidade, o destino de Faerie fica por um fio, obrigando Jude a fazer uma inesperada e perigosa aliança para salvar as irmãs e o reino que tanto a rejeita.
As fadas não são de confiança,
Mesmo quando dizem a verdade…

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