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Opinião Contemporânea/Erótica: "A Submissão de Lily" de Monica Murphy

junho 21, 2019 Inês Santos 0 Comments


Em 9 anos de leituras (em maior quantidade), esta foi a primeira trilogia que li em que os três livros poderiam ser quase gémeos. Principalmente o segundo e o terceiro.
O espaço temporal em que tudo acontece, o numero de páginas para as primeiras cenas e retiros sexuais é tão idêntico que é só mudar o nome às personagens, local e voilá! Tal como acontece no livro de Rose, aqui Lily também passa a primeira metade do livro num momento a dois com a sua nova conquista, que se percebe logo que não será apenas isso.
Outro ponto muito em comum é a má da fita, que é sempre a mesma! A Pilar. No inicio ainda pensei que houvesse outra doida, e a autora ainda faz suspense nos primeiros capítulos. Mas depois, de um capítulo para o outro, o galã deste livro diz o nome dela como se até essa página fosse óbvio - se calhar até era, eu é que estava com esperança de haver algo diferente e surpreendente neste livro.
O motivo porque eles se encontram também é igual entre os dois últimos volumes: ele a querer roubá-la. Que originalidade! (sarcasmo)
De qualquer forma, as cenas de sexo são sempre a melhor parte, apesar de haver uma promessa inicial de Lily em que gostava de ser dominante, mas na hora, com Max, acaba por ser submissa à mesma. Isto não abonou muito a favor dela, mas resultou igualmente bem nas cenas descritas.
No final de tudo, e resumindo, o livro de Violet ainda foi o mais diferente, mas a questão do envolvimento de Ryder com Pilar causa sempre uma certa estranheza. O facto dos três personagens masculinos, supostamente másculos e sexys e independentes, terem estado sobre o jugo da doida da vilã não me soa como algo positivo e destrói um pouco aquela atracção que queremos sentir por eles. Fisicamente ok, mas depois a parte das atitudes acaba por ser muito mais forte.
Voltando a este terceiro livro: achei o romance, a parte em que se apaixonam, demasiado rápida e quase em simultâneo, mesmo tendo havido só sexo e mal se conhecerem ou saberem um do outro. Ela nem o apelido dele sabe na maior parte do livro. E as cenas que a autora descreve em que eles podem dialogar, ou se mantêm em silêncio ou discutem. Portanto, é um amor e paixão demasiado fútil, mas que serve o objectivo de romance de verão.
A trilogia manteve-se sempre muito constante, mas no geral penso que gostei mais deste terceiro livro. Como já disse, não há muitas diferenças, e o final apesar de ser conclusivo não foi revelador. Mas foi lido de forma muito mais fluída e rápida do que os anteriores, mesmo as cenas de sexo não terem variado muito do inicio ao fim.
Tudo acabou em bem e as três flores tiveram o seu final feliz.

Cresci com as acusações de ser a mais irresponsável de todas as irmãs, de ser uma tresloucada que garante capas de revistas escabrosas e envergonha toda a família, de ser aquela mulher fogosa e sensual com que nenhum homem quer casar.
A verdade é que me limito a viver cada dia como se fosse o último, procurando respeitar o nome Fowler, mas não deixando de aproveitar a vida. Sou jovem, bonita, poderosa, tenho todo o direito a ser feliz. Se me falta encontrar o amor que as minhas irmãs Violet e Rose encontraram? Talvez, mas não o procuro.
E, certamente, não esperava que a minha viagem ao Havai mudasse tudo. Max Coleman não é apenas um deus do sexo, como nunca conheci antes, ele é um homem-mistério. É a maior obsessão que já tive, com ele perco o controlo.
O amor não respeita regras e mesmo a mulher mais independente pode ser descontroladamente submissa quando apaixonada.
 

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