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Opinião Contemporânea: "Dating You/Hating You" de Christina Lauren

abril 10, 2019 Inês Santos 0 Comments


A minha estreia com estas duas escritoras (sim, são duas: Christina Hobbs e Lauren Billings) começou com este livro único, ignorando as séries já escritas.
Apesar das sinopses serem prometedoras, curiosamente nunca senti impulso para pegar nelas e por isso decidi experimentar um livro sozinho e provar a ver se gostava. Posso já dizer que não é mau, mas apesar das coisas positivas que vou enumerar em seguida, o entusiasmo final não foi assim tão grande para classificar com mais de 3 estrelas.
Carter e Evie vivem então este prelúdio na bem conhecida Hollywood, que para mim foi um cenário novo. Penso que nunca tinha lido nada que se passasse lá, o que contribuiu para um ponto positivo e novo, mas que como teve escassas descrições de cenário, acabou por ser um pouco discreto e passar-me ao lado.
Tendo lido o Odeio-te e Amo-te de Sally Thorne e não conseguindo não comparar, penso que foi o que acabou por me fazer gostar menos deste romance. Sim, a história de Carter e Evie começa com eles a terem uma ligação fora do trabalho e depois acontecerem n armadilhas do destino que vão trazer os seus lados humanos mais negativos ao de cima, mas que no final o vilão é outro e é castigado; e na de Lucy e Joshua a construção e evolução do amor é toda da responsabilidade apenas deles os dois. Mas a ideia base é a competitividade vs amor e essa é a mesma.
Em Dating You/Hating You achei que as personagens deixaram-se ser demasiado influenciadas, tanto pelos vários "vilões", como pela ganância. E aqui, ao longo da leitura, achei que se quebrou ali a ligação e por isso também a empatia com os personagens. Além disso, existem demasiadas personagens secundárias, com pequenas histórias que não interessam à história.
O final, obviamente arranjado para uma resolução rápida, não me surpreendeu minimamente.
Mas a maior culpa foi a personalidade submissa de Evie para com o chefe e toda aquela energia negativa do machismo que está constante nestas páginas. Mais uma vez, este tipo de personagens femininas e protagonistas repelem em vez de atrair a minha empatia e interesse, e neste caso, as autoras nem sequer corrigiram a questão, ou seja, a personagem não evoluiu nada! A história no geral resolveu por ela.
Joshua por seu lado também não foi muito melhor e colocou sempre o seu medo pelo futuro e desemprego à frente, mesmo tendo a prova que ele era bastante capaz.
Ao contrário do livro de Sally Thorne, aqui as altercações entre o casal não foram tão animadas nem com "tiradas" inteligentes, contribuindo assim para mais um ponto contra nesta comparação e por isso conclusão final.
De qualquer forma, vou querer ler mais destas autoras, e esperar ler sem qualquer tipo de interferências de "fantasmas" de outros livros semelhantes, para poder fazer uma avaliação mais individual.

Carter e Evie imediatamente se conectam e a tensão sexual é inegável, embora o surgimento de um romance seja pouco provável em razão de um encontro embaraçoso numa festa de Halloween.
Além disso, mesmo o facto de que ambos são agentes de talentos de firmas concorrentes em Hollywood não é suficiente para apagar o fogo. Mas, quando as duas agências se fundem – fazendo com que a dupla concorra ao mesmo cargo –, tudo se torna imprevisível. O que poderia ter sido o desabrochar de um belo romance se transforma em guerra declarada de sabotagem mútua.
Carter e Evie são profissionais de trinta e poucos anos – então por que não podem agir como tal? Será que Carter vai parar de tentar agradar a toda a gente e ver como o chefe de ambos está a fazer jogo? Será que Evie pode deixar de lado a sua natureza competitiva por tempo suficiente a fim de descobrir o que realmente quer na vida? Será que seus clientes, os actores, podem ser mais humanos?

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