Cecelia Ahern
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Romance Contemporâneo
Opinião Contemporânea: "O Meu encontro com a vida" de Cecelia Ahern
Não me acho a maior fã da Cecelia Ahern, acho os seus livros verdadeiramente originais mas nem os acho maravilhosos, adorei uns e detestei outros, é uma autora de altos e baixos. A prova disso é o "Meu encontro com a vida" que a par com "Um lugar chamado aqui" foi uma das piores coisinhas que li por parte desta autora irlandesa.
Eu já devia saber como os livros desta autora funcionam mas já há algum tempo que não lia nada dela e esqueci-me que a autora põe sempre algo de auto-ajuda nos seus romances. Apesar de não ser algo que me agrade, a coisa correu bastante bem por exemplo em "P.S Eu amo-te" onde as cartas de Gary ajudam Holly a ultrapassar a morte do marido ou em "Se me pudesses ver agora" onde Elizabeth segue os sábios conselhos de Ivan, um amigo imaginário, mas nunca pensei que a minha paciência esgotasse com o toque de auto-ajuda que a autora incorporou em "O meu encontro com a vida"
Basicamente Lucy é um mulher chata que deixou de viver intensamente, deixou de acreditar em si própria, deixou a sua vida desmoronar-se nada fez para ultrapassar este estado vegetativo.
O enredo do livro é original mas digamos que num livro contemporâneo, que é o género dado aqui, toda a história de a "vida" ser um entidade própria, uma pessoa é ridícula! Eu não gostava que a minha vida fosse...uma pessoa. *LOL* Pior mesmo é que a vida de Lucy é...um homem! Sim não faz sentido, eu sei.. não podia ser mulher já que a pessoa em questão é do sexo feminino? Adiante, Lucy começa a receber cartas da sua vida que se chama Vida *LOL* e que pronto não está muito satisfeito como esta está a dar um rumo à vida..seja a que vida ele esteja a referir-se.
Há uns anos acompanhei uma série de tv chamada Being Erica, com um enredo bastante semelhante e apesar de ter adorado a série, não suportei este livro e acho que tudo deveu-se a uma única razão: a protagonista. Detestei a Lucy, com todas as minhas forças. A personagem era mesma tontinha e tinha um sentido de humor, para mim que não gostei particularmente. Por exemplo, chega uma certa parte que ela fala do ex-namorado, ou seja apresenta uma personagem nova, que o leitor não conhece. Descreve a relação perfeita que tinham em VÁRIOS PARÁGRAFOS para depois dizer: "Ok, eu menti ele é que acabou comigo e a nossa relação não foi nada assim." WTF?! Ok, digo eu.. porquê este infodump que não interessa nada à história e além de mais é tudo mentira. Isto só fez aumentar o meu ódio pela Lucy. Pior é que ela não faz isto nem uma, nem duas, nem três mas sim uma dúzia de vezes, apresentando várias personagens ao enredo e a relação que tinha com as mesmas, para depois afirmar: "Ahaha, menti-vos outra vez". --' A sério, nem imaginam quanto irritante foi esta parte!!
Depois claro temos Vida (o homenzinho) que está sempre atrás dela, a dar-lhe conselhos mas como ela é acha-se a dona da razão na maioria das vezes nem o ouve e só mais para o fim é que redime de todos os erros. Nem vou falar do romance mais previsível de toda a humanidade literária.
Pronto não gostei nada deste livro mas não vou deixar de ler livros desta autora, só quero esquecer que ele existe, só isso.
Nos últimos anos, a vida de Lucy Silchester não tem corrido como ela idealizara. No entanto, isso não parece incomodá-la, uma vez que para cada coisa desagradável que lhe acontece, há sempre uma maneira de a contornar contando uma mentira. Um dia, quando chega a casa, Lucy encontra um envelope com um convite para se encontrar com a vida, que aparentemente ela anda a negligenciar. A partir desse momento, as suas mentiras irão ser desmascaradas – a menos que Lucy aprenda a dizer a verdade sobre o que é realmente importante para si.
Edição: Julho 2012
ISBN: 9789722348492
Até o cupcake é demasiado fofo para pontuar este livro.
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