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Opinião da Ne: "Verity" de Colleen Hoover

abril 10, 2021 Inês Santos 0 Comments

 


O que dizer deste livro?

Após o término da sua leitura, decidi não escrever logo esta opinião literária com receio de escrever algo injusto. Portanto aqui estou eu cinco dias depois. 

Colleen Hoover nunca foi uma escritora de livros calmos e confortáveis. Todos os livros que li dela têm o seu quê de "aquecimento cardíaco" mas tem principalmente muito quê de paragem cardíaca. Verity foi o livro dela que achei que tivesse mais deste ultimo quê. é uma autêntica montanha russa de emoções, em que uma pessoa até teme aqueles capítulos específicos. Normalmente não queremos ler aquele capítulo porque não gostamos do POV daquele personagem, ou começamos a ler e vemos que vai ser mais um de descrições secantes; mas neste caso eu não queria ler era as partes que sabiam que me iam custar - nomeadamente a biografia de Verity.

Mas...

Desde o inicio que senti que isto ia correr de forma diferente do que a autora queria que eu pensasse. Há pouco tempo vi o filme d'A Rapariga no Comboio, adaptação do livro de Paula Hawkins, que teve um percurso semelhante. Passamos todo o filme/livro a pensar uma coisa da protagonista e no final é exactamente o oposto; e aqui eu sempre tive à espera disso. Só me iria surpreender se no final Verity fosse mesmo aquilo que parecia. Portanto o fim acabou por ser um pouco decepcionante para mim, mas o inicio e o meio foram super emocionantes ao ponto de eu querer parar de ler porque não estava a aguentar ler aquilo. Palmas para Colleen Hoover.

O que me surpreendeu também foi ser um suspense. Penso que nunca tinha lido nada assim desta autora e a sorte foi ter-me apanhado ser estar à espera, se não iria acontecer o mesmo que aconteceu com os livros de Dorothy Koomson, que passaram de romances e dramas para suspense e eu não sou nada fã deste género literário por isso mesmo. Acho tudo demasiado forçado para dar a tal reviravolta, o que acaba por não ser nada positivo. Foi o que aconteceu aqui tanto no final como em certas cenas, escritas para nos chocar. Mas enquanto que Dorothy Koomson não conseguiu que eu passasse dos primeiros capítulos, aqui continuei a ler, bem agarrada ao livro, só desanimando no final. E por isso é que não dei as cinco estrelas.

Outro ponto surpreendente que até comentei com a Mafi, e que começa logo no inicio, é a mistura do erótico, com descrições algo pormenorizadas, no meio deste mistério todo. Claro que de romance erótico gosto eu e talvez tenha sido por essas primeiras cenas que me fizeram avançar, mas achei algo estranho de misturar. A autora faz-nos mesmo ter uma atracção pelo personagem masculino, Jeremy, tal como Lowen, e é assim que permanecemos ao longo do livro.

De resto, a escrita de Colleen Hoover continua impecável, sempre com poucas descrições, o que eu adoro, com personagens interessantes e envolventes. Aqui de facto conheci um novo lado dela e sei que ela tem outro que é de fantasia. Vamos lá ver se corre bem. Agora a seguir quero ler o Sempre Tu.

Lowen Ashleigh é uma escritora que se debate com grandes dificuldades financeiras, até que aceita uma oferta de trabalho irrecusável: terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome que ficou incapacitada depois de um terrível acidente.

Para poder entrar na cabeça de Verity e estudar as anotações e ideias reunidas ao longo de anos de trabalho, Lowen aceita o convite de Jeremy Crawford, marido da autora, e muda-se temporariamente para a casa deles. Mas o que ela não esperava encontrar no caótico escritório de Verity era a autobiografia inacabada da autora. Ao lê-la, percebe que esta não se destinava a ser partilhada com ninguém. São páginas e páginas de confissões arrepiantes, incluindo as memórias de Verity relativas ao dia da morte da filha.

Lowen decide ocultar de Jeremy a existência do manuscrito, sabendo que o seu conteúdo destroçaria aquele pai, já em tão grande sofrimento. Mas, à medida que os sentimentos de Lowen por Jeremy se intensificam, ela apercebe-se de que talvez seja melhor ele ler as palavras escritas por Verity. Afinal de contas, por mais dedicado que Jeremy seja à sua mulher doente, uma verdade tão horrenda faria com que fosse impossível ele continuar a amá-la.

    


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