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Opinião Young Adult: ''Beast'' de Brie Spangler

setembro 08, 2017 Mafi 1 Comments



''Beast'' da autora Brie Spangler é nos vendido como um reconto da Bela e do Monstro mas sinceramente não achei que a temática do retelling tivesse muito presente no livro mas vamos lá por partes.

25167846Temos Dylan, um jovem de 16 anos que mede quase 2 metros e é peludo em todas as partes do corpo e cara. Como alcunha de escola, é chamado de Monstro (ou Beast, daí o título do livro). Pronto acabou aqui a parte do livro em que é parecido com a Bela e o Monstro. A sério, não estou a brincar, é só isto de parecenças.
Dylan sofre uma relação conturbada com a mãe e ainda sente o luto do pai. A escola é o seu refúgio e apesar da sua aparência de jogador de futebol americano, Dylan é na verdade um aluno brilhante e o seu divertimento é fazer tpcs da escola para seguir carreira na ciência. Devido a um acontecimento é inserido num grupo de apoio da escola e é lá que vai conhecer Jamie, a nossa 'Bela'.

Jamie é uma rapariga transgénera e isto não é segredo no livro -todos sabem - menos Dylan que no momento da revelação de Jamie ao grupo, se encontrava distraído. Portanto esse detalhe passa-lhe ao lado e quando começa a nutrir sentimentos pela Jamie, nem lhe passa pela cabeça que ela possa ser transgénera. Claro que não ocorre muito tempo até Dylan ser confrontado com isso (pelos colegas da escola) e não agindo da melhor maneira, acaba por não ter a melhor atitude para com a Jamie.

O livro aqui acaba por ganhar contornos um pouco mais crus mas também mais realistas. Achei que a autora abordou o tema da fobia de género muito bem. Temos aqui muito preconceito não só da parte de Dylan - rapazes! - mas também da mãe do Dylan que pensa que Jamie é uma má influência para o seu filho. Isto tudo resulta numa vida complicada para Jamie, que como ela diz, só quer viver em paz,, nem precisa que a aceitem. O que gostei mais da relação da Jamie e do Dylan é que ela diz-lhe umas quantas verdades e acaba por mostrar-lhe que ela sempre foi a mesa rapariga desde sempre. Para alguém que tem tanto preconceito com a sua imagem (Dylan) é muito preconceituoso da parte dele, julgar a Jamie pela sua aparência do passado. Gostei disso.

Outro ponto muito importante é a relação de Dylan com a sua mãe, eu entendi que ela quisesse ajudar o filho nesta fase conturbada mas não achei que o fez da melhor maneira. Isto também mostra que nem sempre o exemplo que vem dos nossos pais, vai de acordo com o que é correcto.
Basicamente, Jamie e Dylan acabam por ser duas pessoas que são julgadas pela sua aparência sem terem margem para mostrar que são muito mais do que o que os outros vêem.

É um romance diferente porque a maior parte das vezes, torcemos pelo casal mas eu aqui tive sérias dúvidas em querer ver a Jamie com o Dylan. O que vale é que pouco a pouco ele vai apercebendo-se que realmente gosta da Jamie e que ela não merece como está a ser tratada, nem por ele e nem pelos colegas da escola e os momentos em que ele a defende compensaram um pouco as suas atitudes anteriores.
Não é um retelling como se calhar muitos esperavam mas é um livro importante pelo tema que abordam. Achei que o assunto do preconceito  das relações amorosas com adolescentes trangéneros foram tratadas de uma maneira muito realista e honesta. 
Recomendo.

Tall, meaty, muscle-bound, and hairier than most throw rugs, Dylan doesn’t look like your average fifteen-year-old, so, naturally, high school has not been kind to him. To make matters worse, on the day his school bans hats (his preferred camouflage), Dylan goes up on his roof only to fall and wake up in the hospital with a broken leg—and a mandate to attend group therapy for self-harmers.
Dylan vows to say nothing and zones out at therapy—until he meets Jamie. She’s funny, smart, and so stunning, even his womanizing best friend, JP, would be jealous. She’s also the first person to ever call Dylan out on his self-pitying and superficiality. As Jamie’s humanity and wisdom begin to rub off on Dylan, they become more than just friends. But there is something Dylan doesn’t know about Jamie, something she shared with the group the day he wasn’t listening. Something that shouldn’t change a thing. She is who she’s always been—an amazing photographer and devoted friend, who also happens to be transgender. But will Dylan see it that way? 


 

1 comentário:

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