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Opinião Young-Adult: "Morra Por Mim" de Amy Plum

novembro 23, 2015 Inês Santos 0 Comments



- Contém Spoilers - 

No Ponto de Situação a obra já não prometia muito. Consegui passar dos primeiros capítulos, mas não melhorou, como podem confirmar pela pontuação total e final.
Quando li o título e gostei da capa imaginei uma obra diferente. Imaginei algo mais romântico e não tão heróico. Algo como um deles ter que morrer de forma especial para salvar a alma gémea, por exemplo.
Aqui eles são mortos-vivos, tipo vampiros, mas sem a parte do beber sangue, e ao mesmo tempo fantasmas - quando estão numa fase da sua morte eles flutuam e falam com os companheiros. Pareceu-me demasiado fanfic do Twilight com um toque maior de sobrenatural. A autora tentou ser original e até conseguiria se tivesse diminuído os "potenciais" dos jovens mortos. Gostei dos Passados de todos eles, gostei das suas mortes e gostei do altruísmo destas, mas não gostei da ideia dos heróis que se sacrificam uma e outra vez por pessoas que não conhecem sem terem o livre arbítrio. Este último ponto acabou por anular as boas acções, visto que eles se sacrificaram da primeira vez por vontade deles, mas das outras todas é por terem um impulso demasiado forte para  o contradizerem.
A obsessão que eles sentem pela pessoa que salvaram, no inicio pareceu-me algo rebuscado também, mas com o avançar da história e com o que acontece com um dos irmãos, acaba por lhe dar o motivo e portanto valer a pena.
No caso dos maus da fita, adorei o principal. Está bem descrito e toda a sua maldade transparece bem para fora da página/ecrã. Como tudo se iniciou não ficou bem esclarecido. A autora só descreve como se iniciou a guerra entre Vincent e o mau da fita, não como se iniciaram estas ressuscitações.
Além de cliché, como já comentei, esta história de rapazes e raparigas tão novos e com passados tão tristes, continua mesmo assim a ser muito jovem, com demasiada emoção, típico de adolescentes ou adultos pouco maduros.
O romance em si, como já disse no Ponto de Situação, é demasiado instantâneo, mesmo para um amor à primeira vista. Ela parece intercalar a tristeza pela morte dos pais e o sonho por um francês bonito demasiado rapidamente.
Continuo a imaginar a mesma história, mas com a irmã de Kate no lugar dela. Como seria? Menos lamechas de certeza.
Gostei das descrições de França, o que, agora que escrevo esta opinião (altura dos atentados em Paris), acaba por ter um significado ainda maior.

Quando os pais de Kate morrem em um trágico acidente de carro, ela deixa sua vida para trás e vai morar com os avós em Paris. Para ela, a única maneira de sobreviver à dor é se jogar nos livros e na arte parisiense - até conhecer Vincent. Misterioso, charmoso e muito bonito, Vincent ameaça derreter seu coração com apenas um sorriso. No entanto, Kate descobre que ele tem uma missão muito especial na Terra, e que está envolvido em uma guerra que vem sendo travada há séculos. Ela logo percebe que, se seguir seu coração, pode nunca mais viver a salvo novamente.

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