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Opinião da Ne: "Os Seis de Atlas (The Atlas #1) de Olivie Blake

maio 15, 2022 Inês Santos 0 Comments

Primeiro que tudo obrigada à Planeta pela cedência do exemplar e por nos ter dado a honra da exclusividade em mostrar a capa portuguesa. Foi super divertido! Obrigada mesmo.

Com esta capa linda e sprayed edges amarelas e não douradas, que foram as mais faladas de todo o bookstragam, temos um livro com uma história bastante complexa. Foi lida em conjunto com mais umas meninas e ainda hoje há quem não tenha terminado.

Não consigo deixar de comparar este tipo de história com A Vida Invisível de Addie Larue de V.E. Schwab, já que é um livro que ou se adora ou se detesta. Curiosamente fiquei-me pelas três estrelas e pelo "não adorei mas também não detestei" e sem dúvida que quero ler o seguinte.

Vamos então começar pelo que não gostei assim tanto:

Os saltos temporais - principalmente em cenas que prometiam boa acção e entretenimento ou mais interacção entre os seis. Em vez de Olivie Blake esticar-se tanto nas divagações astrofísicas ou filosóficas, podia ter investido em mais dinâmica entre personagens. Mais acção e menos estudo.

A autora perde-se imenso em conversas teóricas entre Callum e Parisa (os telepatas) e às vezes até pensamentos e monólogos de um só personagem. Pessoalmente senti-me mais atraída pelos físicos e suas experiências. E nestes textos mais longos apenas me consegui concentrar nos que se dirigiam à física teórica.

A tudo isto há quem chame palha, porque dificilmente contribui para a linha de acção que a autora nos promete na sinopse - ou seja, que para esta escola são escolhidos seis pessoas talentosas, com magias e talentos respectivos e únicos, mas que no final só podem ficar cinco.

No inicio, ou nos primeiros 25%, o pior é conseguirmos perceber quem é quem. O segredo será fazer uma cábula em que encontram um pormenor característico e que vos vai fazer identificar mais facilmente esse personagem. As ilustrações que tanta gente gostam são engraçadas mas acabam por confundir mais pois estão no inicio de cada capítulo e não correspondem ao POV seguinte. Portanto não se deixem enganar e usem-nas para fazer um jogo em que a meio do livro já conseguem identificar o personagem de cada ilustração. 

Mas deixem-me ajudar:

Libby - uma dos seis escolhidos. É fisica e consegue mover objectos (um pouco mais mais terão que ler)

Nico - outro dos seis. É quase alma gémea de Libby, mas são super competitivos e odeiam-se tanto que no fundo acho que se adoram. Complementam-se em termos de dons, mas curiosamente vão seguir trajectos divergentes.

Callum - empático, um dos seis, para mim um dos vilões mais puros

Tristan - personagem mais misterioso e que contribui bastante para a acção

Parisa - telepata muito forte com moral duvidosa. uma das personagens que mais evoluiu e mais interessantes para mim

Dalton - professor e braço direito de Atlas que também contribui muito para a história

Atlas - imagino-o como um Dumbledore

Guideon - colega de quarto do Nick que tem a sua própria história paralela

Ezra - namorado de Libby

A questão dos personagens foi algo que me agradou pela positiva, já que não se cinge apenas aos sete principais, mas inclui personagens secundários tanto ou mais interessantes e que deixam abertas muitas portas para futuros desenvolvimentos. Seria interessante a autora cruzar tudo no próximo volume, em vez de depois criar spin-offs.

A certo ponto a história tem uma reviravolta que diminuiu ainda mais o meu interesse pela leitura, em vez do oposto. A minha personagem preferida manteve-se constante, mas a autora insistiu em torná-la menos do que era. Apenas pelo seu futuro e de alguns dos seis é que quero ler o seguinte volume.

Curiosamente, acabei por gostar muito mais de personagens como Parisa e Tristan e, definitivamente, a minha cena preferida inclui estes dois.

Atlas, por sua vez, desiludiu-me no final, mas Dalton ainda ficou ali no limbo. Olivia Blake sabe construir muito bem as psiques dos seus personagens e é aqui que ela ganha na sua originalidade e não na pouca magia que inclui no livro. Tenho pena porque esperava algo mais mágico e fantástico, mas não deixou de ser surpreendente, pela positiva e pela negativa, já que nos apanha desprevenidos mais que uma vez quando estamos quase a adormecer nas suas dissertações.

Um dos livros com a maior percentagem de personagens moralmente duvidosos que não lia desde Six of Crows de Leigh Bardugo.

Segredos. Traição. Sedução.
Bem-vindos à Sociedade de Alexandria.
A cada dez anos, os seis mágicos mais talentosos do mundo são escolhidos para competir por um dos cinco lugares disponíveis na exclusiva Sociedade de Alexandria. A mais importante sociedade secreta do mundo, guardiã do conhecimento perdido das maiores civilizações da Antiguidade. Este ano, a competição é mais feroz do que nunca. Os candidatos são: Libby Rhodes e Nico de Varona, inimigos inseparáveis, físicos, que controlam a matéria com a sua mente.
Reina Mori, uma naturalista que consegue intuir os segredos da própria vida. Parisa Kamali, uma telepata capaz de atravessar as profundezas do subconsciente e ver os segredos mais profundos da mente. Callum Nova, herdeiro de um império de meios de comunicação de magia, e um empático capaz de manipular os desejos de uma pessoa. E Tristan Caine, cujos poderes são um mistério até para ele próprio.
Depois de recrutados pelo misterioso Atlas Blakely, viajam para a sede da Sociedade, em Londres, onde têm um ano para estudar e inovar dentro das várias áreas esotéricas. Os eleitos terão pela frente uma vida de poder, conhecimento, riqueza e prestígio. Mas a que custo?

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