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Opinião da Ne: "Desejo" de Tracy Wolff

setembro 28, 2021 Inês Santos 0 Comments

 - Contém leves spoilers -

Desejo ou Crave é o primeiro livro de uma saga de muita fantasia cuja capta captou a minha atenção logo que saiu. Quando organizaram uma leitura conjunta no Clube Mais Que Ler, já quando pensava não participar em nenhuma, decidi juntar-me. Foi uma leitura bastante estranha, visto que não nos entendemos nem com data nem com metas, por isso acabei por lê-lo sozinha, discutindo pormenores pontualmente com a Mariana do @citydixie.

Este é um romance de jovens adultos que acabou por ser algo viciante. Li várias criticas positivas e negativas sobre ele, mas no meu caso acabou por ser uma experiência positiva apesar dos muitos pontos em comum com o Crepúsculo de Stephanie Meyer (até há uma referência ao livro) e até com a Marcada de P.C. Cast.

Aqui Grace, a protagonista, é muito diferente da Bela do Crepúsculo, bastante mais forte e que reenvindica os seus direitos. Por isso, logo aí, gostei mais da história. Jaxon por sua vez tem uma história de vida mais pesada que nos faz ter mais empatia por ele. Por isso estes dois funcionaram muito bem juntos, principalmente pelo seu romance proibido, mas que não é assim tanto proibido. Não sei se me entendem, mas vão entender depois de ler o livro. Grace também acaba por sofrer bastante, o que me agrada muito nestas histórias não sei porquê (aconteceu o mesmo n'Os Jogos da Fome). Mas ela é corajosa e vence tudo, ou quase tudo.

Devido ao romance e acção, achei-o muito "montanha-russa". Claro que temos um início que nos introduz ao suspense e mistério e atiça a curiosidade, mas depois temos um meio muito fofo em que a relação deles é inocente, mas bastante intensa a nível emocional.

Em relação à personagem de Macy, prima, é presença um pouco conveniente, que só está presente para limar algumas arestas ou para servir os propósitos da história. Acaba por não ter um papel contributivo para a história e por isso não gostei quando ela desapareceu no final quando tudo pegou fogo. Pensando em retrospectiva posso mesmo dizer que ela estar lá ou não, não adicionou nada. O papel do tio também me baralhou um pouco. Penso que foram personagens que só serviram para criar suspeitos no meio da história ou dar ali algum contexto.

No início também suspeitei de muitos personagens sobre quem quereria fazer mal à humana, mas não acertei em nenhum. Apesar de ter adivinhado um pequeno pormenor mas que não me satisfez como reles Sherlock que sou.

Apesar de ser uma relação fofa, senti que aquela ligação cósmica entre eles se perdeu um pouco já que chegou a certa altura que ela parece uma lapa e ele não retribui muito. Mas adorei os sacrifícios e acho que a questão da família de Jaxon devia ter sido abordada de maneira diferente já que ficou demasiado em aberto.

Achei a personagem de Flinn super fofa, mas aquele inicio muito amigável foi um pouco forçado, o que nos leva a suspeitar demasiado. De qualquer forma gostei do que ele representa. Foi uma boa surpresa, mas não gostei do papel que desempenha quase no final. Não achei que tivesse assim muita lógica, e mais uma vez acabou por quebrar o deslumbramento que tínhamos pela personagem.

O último capítulo foi o meu preferido por ser o revelador: não estava nada à espera! Mas depois a autora acrescentou uns capítulos com o POV de Jaxon que quebrou aquele sentimento de êxtase. Não resultou para mim. Até porque o assunto começado por P já é banal nestes romances fantásticos. (Para o ano venho ler isto e já não sei o que significa o P!). Acabei, por isso, por demorar tanto a ler estes três capítulos de 30 páginas, como as 500 páginas do restante livro.

De qualquer forma, foi uma leitura muito agradável, melhor do que estava à espera, mas sem grande originalidade. Inclui alguns elementos surpresa e pouco lidos, mas mesmo assim é muito jovem para mim e não me encantou como outros romances do género. Devo ler o próximo mas só quando tiver traduzido. 

O meu mundo transformou-se quando cheguei ao Colégio Katmere. Neste lugar, nada é o que parece, incluindo os outros alunos.
Aqui estou eu, uma simples mortal entre deuses... ou monstros.
Continuo sem saber a que grupo pertenço, se é que pertenço a algum. Apenas sei que a única coisa que todos têm em comum é o ódio por mim.
Depois, há o Jaxon Vega. Um vampiro com segredos mortíferos e desprovido de sentimentos há mais de um século. Mas há qualquer coisa nele que me atrai, algo que combina com o meu coração partido. E que pode representar a nossa morte.
Existiu um motivo para o Jaxon se isolar, mas, agora, há alguém a querer acordar um monstro adormecido, o que me leva a pensar se a minha presença aqui foi intencional, como isco.
 

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