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Compilações: ''Um clarão de luz'' e ''Devo-te a felicidade''

agosto 13, 2019 Mafi 0 Comments




Dois livros tão diferentes de duas autoras preferidas.

Um Clarão de LuzJá há muitos anos que sou fã de Jodi Picoult e apesar de ainda ter alguns livros que foram saindo nos últimos anos por ler, não resisti em ler esta novidade deste ano, pela Presença. 
Aqui a autora apresenta-nos a história de um atirador que invade e refugia-se numa clínica de aborto no Missisippi fazendo outros pacientes e médicos reféns. Toda a acção do livro é passada num único dia, aliás em algumas horas onde a história vai-se desenrolando de trás para a frente. Para além da narrativa ser contada no inverso, também e contada através de vários pontos de vista dos reféns e também da polícia que está cá fora em negociações com o atirador. Como em todos os livros da Jodi, temos personagens muito diversas em tudo, especialmente na sua opinião em relação aos abortos. A minha personagem preferida foi a Wren mas também gostei da Janine e da Beth. A forma como a autora escreve, elucida-nos muito sobre as leis restritas deste Estado americano. No final é importante e obrigatório ler a nota da autora onde aprofunda mais as leis e mostra como os Estados Unidos em certas coisas, andam para trás em vez de avançarem com o tempo. A nota também mostra bem a pesquisa exaustiva de Jodi na escrita deste livro onde falou com 151 mulheres e assistiu a diversos abortos em várias fases de gestação. Só dou 3 estrelas devido ao formato da narrativa que não gostei e porque embora seja um livro com uma tema muito interessante, gostava mais que o livro tivesse avançado para mais algo para além do atirador. O caso da Beth podia ter ido a tribunal que teria sido muito interessante de ler, visto que a Jodi escreve sempre muito bem cenas de tribunais. Não desgostei mas achei que podia ser melhor mas não é de todo um mau livro, só não está entre os melhores dentro da vasta de livros fantásticos que esta autora tem. 

Um dia quente de outono começa como qualquer outro no Centro - uma clínica que presta cuidados de saúde reprodutiva a mulheres. Como habitualmente, os seus funcionários acolhem as pacientes que ali se encontram para aconselhamento e tratamentos. de repente, pelo final da manhã, um homem armado entra nas instalações e começa a disparar, causando feridos e fazendo reféns.
O agente de polícia Hugh McElroy, especialista em negociar a libertação de reféns, estabelece um perímetro de segurança e traça um plano para comunicar com o atirador. ao olhar sub-repticiamente para as mensagens recebidas no seu telemóvel, apercebe-se, horrorizado, de que Wren, a sua filha de apenas quinze anos, se encontra no interior da clínica.
Wren não está só. Ela vai partilhar as horas seguintes, sob um clima de grande tensão, com outras pessoas : uma enfermeira em pân ico, que tem de se autocontrolar para salvar a vida de uma mulher ferida; um médico que põe a sua fé à prova como nunca antes acontecera; uma ativista pró -vida, que se tinha feito passar por paciente e é agora vítima da mesma raiva que ela própria sentia; uma jovem que quer abortar. e o próprio atirador, completamente transtornado, a querer ser ouvido.
Uma narrativa que equaciona a complexa temática dos direitos das mulheres grávidas e dos direitos dos seres que elas estão a gerar, além de refletir sobre o significado de ser boa mãe e bom pai. 

46743682. sy475 Passando para esta novidade da Quinta Essência, foi com imensa surpresa que vi o mais recente livro da Sophie Kinsella a sair já cá em Portugal, visto que a QE demora quase dois anos a lançar os livros mais recentes. 
Para quem leu as minhas opiniões aos livros mais recentes da Sophie Kinsella, sabe que andava um pouco desiludida com a autora porque todas as personagens femininas pareciam a mesma: divertidas sim, mas também muito trapalhonas e mentirosas, algo que me incomodava imenso. Andava a pedir já um livro mais sério da Sophie e finalmente parece que ela ouviu-me porque ''Devo-te a felicidade'' foi tudo aquilo que desejei!
Aqui temos a Fixie que não consegue não ajudar. Sente necessidade em ajudar, arrumar, endireitar...tudo e todos que precisem de algum apoio. Mas por mais que ela queira ajudar e por melhores que sejam as suas intenções Fixie não é levada a sério por aqueles que mais ama: a sua família. O seu lema de vida é ajudar a sua família, principalmente o pequeno negócio familiar que gere com os seus irmãos e a sua mãe. 
Quando, por puro acaso, salva o computador de um estranho - Seb - este fica-lhe a dever um favor, favor esse que Fixie nunca pensou em pedir visto que nunca voltaria a ver Sebastian. Mas quando Fixie precisa de impressionar uma antiga paixão da escola, recorre a Sebastian e começam uma troca de favores infinita mas também o começo de algo mais entre os dois. 
Eu adorei a Fixie! Ela é a típica personagem que engole demasiados sapos e não reage com medo de magoar os sentimentos das outras pessoas, mesmo que isso a faça sofrer ainda mais. Deu-me muita raiva  a maneira como os irmãos a tratavam e só me apetecia dar um grito para ver se Fixie acordava e reagia! 
Para além da Fixie, todos os personagens mostram uma evolução ao longo do livro, o que é óptimo e a autora não deixa nenhuma ponta solta, atando todos os nós soltos das várias personagens. Pela primeira vez nos livros desta autora, não achei o romance nada de especial, aliás não há quase romance nenhum entre o casal, sendo que o livro é mais focado na vida familiar da Fixie e eu adorei isso por ser diferente, e por mostrar que as famílias de sangue às vezes são tóxicas e nem sempre serão o nosso maior apoio, muitas vezes pelo contrário.
No fim a Fixie consegue impor-se e mostrar a sua força e adorei isso. Claro que esta parte foi um bocado cliché mas mesmo assim gostei de ver a Fixie a revelar-se contra a sua família. 
Um excelente livro desta autora, adorei completamente e vai estar no top de melhores leituras deste ano, de certeza.

Fixie Farr tem uma compulsão terrível: a de arranjar tudo… Seja a endireitar de um quadro, tratar de uma nódoa quase invisível ou auxiliar um amigo em apuros, ela é simplesmente incapaz de não agir. O mesmo se aplica ao negócio de família que gere com os irmãos, ainda que, em segredo, sinta por vezes que tudo recai sobre si.
E quando um belo desconhecido lhe pede para ela olhar um instante pelo seu computador portátil, não é de admirar que ela diga que sim. Agradecido, Sebastian acaba por lhe rabiscar uma nota de dívida (que, evidentemente, ela não irá cobrar).
Ou será que vai?
É que Ryan, por quem Fixie tem um fraquinho, precisa de ajuda. E quem melhor do que Sebastian para o ajudar? Só que agora é ela que tem uma dívida para com ele e Fixie não está habituada a ver-se nessa situação. Após uma sucessão de notas de dívida, de favores insignificantes e ajudas preciosas… Fixie depressa dá por si dividida entre o passado confortável e o futuro que julga merecer.
Terá ela coragem de "dar um jeito" à sua própria vida e lutar por aquilo que verdadeiramente quer?

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