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Opinião Young-Adult: ''Raparigas como nós'' de Helena Magalhães

julho 16, 2019 Mafi 0 Comments



2º livro do Book Bingo - Livro com uma capa em tons de azul

Começo por dizer que até há bem pouco tempo eu não sabia quem era a Helena Magalhães. Não conhecia a autora embora já tivesse visto o primeiro livro dela (Diz-lhe que não) várias vezes. Não tinha associado que era a mesma autora deste livro e depois de algumas reviews iniciais muito positivas acabei por também me render e ler este YA, editado pela Planeta com esta capa a chamar o Verão.
46005037. sy475 Eu adoro ler YA, é um dos meus géneros favoritos mas em português é difícil encontrar uma YA contemporâneo bem escrito. Mas aqui temos um bom exemplo de que não é só lá fora que se escrevem boas coisas. A Helena tem uma escrita muito boa, sabe mesmo escrever bem e isso fez com que devorasse o livro num instante. 
Outra coisa que gostei neste livro é que a acção passa-se em locais que costumo frequentar habitualmente, decorre durante o Verão que também é a minha época favorita portanto, o livro tinha os ingredientes iniciais para ser um bom livro.
Sinto que não vale a pena contar muito da história, porque é melhor irem à descoberta. A sinopse revela o essencial, o livro está dividido por partes começando com a Isabel com 17 anos e a sua história de amor com o Afonso (adorei), regredindo até aos 14 anos com o Simão (gostei mas já não tanto) e depois temos a terceira parte que não vou dizer com quem é porque é spoiler. 
Em termos de personagens eu gostei bastante da Isabel e identifiquei-me mais com ela quando tinha 14 anos do que quando tinha 17. Aos 14 anos também era inocente e ingénua, não é como hoje em dia que as miúdas e miúdos já são tão precoces e querem saber tudo e fazer tudo e serem adultos o mais depressa possível mas sem as responsabilidades de um adulto. Isto fez-me não gostar do Simão nem do seu grupinho de amigos, pois eram todos muito imaturos mas que acham-se os reis de tudo. Uma personagem bastante secundária mas que gostei foi a Marisa. Deu para perceber que cresceu e aprendeu com os erros. O Afonso foi outra personagem que gostei assim como a própria Isabel e o romance deles é um amor muito bonito de dois adolescentes a transitarem para a vida adulta e todas as dúvidas que isso traz. Não estava preparada para o tema das drogas ser tão abordado mas acho importante o livro ter esta abordagem. 
No geral é um livro que se lê muito bem, repito mais uma vez que a escrita ajuda imenso a que a leitura flua. Apesar de ser um livro que se possa ler por todas as idades, é mais indicado para jovens mas também para pais que queiram reviver momentos da sua adolescência pois com certeza irão relembrar-se de momentos da sua juventude neste livro. 

Uma história de amor irresistível, que é também o retrato de uma geração que cresceu sem redes sociais. Pode uma paixão da adolescência marcar o resto da vida?
Festivais de Verão, tardes na praia, experiências-limite com drogas, traições e festas misturam-se com amores improváveis e velhas amizades. Um romance intemporal nos cenários de Lisboa, Cascais e Madrid, que mostra tudo o que pode esconder-se atrás da vida aparentemente normal de uma rapariga… como tu.
«Beijamo-nos ao som daquela música que ouvia em casa sozinha deitada na minha cama. Durante o resto da vida, não importaria o que estivesse a fazer ou onde, quando ouvisse os primeiros acordes […], recordar-me-ia do olhar do Afonso fixado em mim, da sua mão no meu rosto, do meu coração a tremer e de me sentir a rapariga mais feliz do mundo. Porque Lisboa está cheia de bares a abarrotar de miúdas bonitas que, num piscar de olhos, se colocariam de gatas a ronronar nas suas pernas. Mas ele viu-me a mim.»
«Se algum dia se sentirem sozinhas, estranhas, deslocadas do mundo que vos rodeia, lembrem-se da Isabel, da Alice, da Luísa, da Marina e até da Marisa das argolas… Raparigas como nós.»

 

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