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Opinião Contemporânea: "Belong to You" de Vi Keeland

outubro 17, 2018 Inês Santos 0 Comments


A sede não é satisfeita e por isso continuo a adquirir obras de Vi Keeland na língua original.
Belong to You faz parte de uma duologia, Cole, que fala apenas de um casal protagonista, Jack Cole e Sydney.
O formato base é semelhante aos outros livros da autora, mas como já disse em opiniões anteriores, o facto de ser previsível e igual às outras obras é o que me faz querer ler. Sabem quando lêem um livro que adoraram e querem mais, mas o final foi definitivo? Preferem ler novamente ou ler outra versão, com novos personagens, novos cenários, novos Passados, novos amigos, novas piadas ou até novas descrições de momentos mais eróticos?
Pois eu gosto das duas escolhas, mas como prefiro ler novos livros, mesmo que tenham velhas temáticas e velhos clichés, que nunca cansam, vou então devorando as outras delícias de Vi Keeland.
Mas ao contrário dos outros livros que li da autora, seja em português ou inglês, achei este volume muito parado, com uma protagonista que apesar de ter alguns acessos mais ariscos, continua a ter uma personalidade muito sem sal, nada desafiante, bastante ciumenta e insegura (a cena na casa de banho foi muito fraca e não me convenceu minimamente). O livro em questão divide-se em duas partes, a primeira é a lua-de-mel falsa dela, falsa porque ela não se casou (e não adianto mais para não fazer spoiler, mas também digo que é tudo muito óbvio); e a segunda quando eles se reencontram e vivem então o seu romance longo e demorado e de casal já casado há anos.
Primeiro achei que existem demasiados pontos em comum na vida deles e Jack é aquele personagem riquíssimo semelhante a Christian Grey das Cinquentas Sombras de Grey. Cheio de dinheiro, cheio de atitude, cheio de segredos que quase que se têm que tirar a ferros e não por razões moralistas, mas porque a escritora assim quis manter o suspense. Para além disso é demasiado mandão e dominador para o meu gosto. Ora este ponto não estimulou em nada a minha leitura, principalmente quando um pouco antes de metade das páginas, o casal começa a ter uma vida muito monótona, com cenas que apenas mostram o facto do personagem ser abastado. Confesso que tive receio de me estar a fartar desta autora.
Achei engraçado ela ser cantora, tal como a protagonista de um livro de J. Kenner e que li há pouco tempo. Também fiz a ligação com o novo filme da Lady Gaga e por isso parece que estou numa onda de romances cheios de música.
As cenas mais eróticas aparecem mais no início. Depois, para além de umas cenas rápidas, uma delas em que eles nem estão incluídos, a autora acaba por referir mais mas não avança para pormenores. Uma pena.
Continuo a preferir histórias de um só livro, cada livro com o seu casal de protagonistas, com todo o drama e sensualidade concentrados de uma só vez. Não creio que vá ler o segundo volume e vou mesmo parar por aqui tal como fiz com a duologia de Helena Hunting, À Flor da Pele. Hoje em dia estas histórias não têm originalidade suficiente para terem direito a dois volumes ou mais e é óbvio como todo o drama é esticado ao máximo, intercalado com algumas cenas mais picantes e outras com alguma tensão (como por exemplo discussões entre namoradas e ex-namoradas/amantes), mas que chegam a um ponto que nem estas nos puxam a vontade para ler. O truque penso que é mesmo fazer uma pausa, como fiz há um tempo com os romances históricos, para que quando voltar a pegar num romance deste género o interesse e a vontade de devorar estejam recarregados.
Voltando ao livro em assunto, gostei dos dois negócios de Jack e das descrições do segundo. A minha parte preferida foi mesmo a primeira, com os amigos dele presentes. Achei Sienna uma personagem essencial para tornar Sydney mais interessante, o que acaba por dizer muito desta última. Gostei da sua contribuição no final, mas como este nem sequer é um final, é mais um "to be continued" não conta. Sinceramente achei aquela despedida uma não-despedida também, mas pelo menos não houve nada assim muito marcante e que estivesse à espera. Para compensar os capítulo enchidos com a mãe de Sydney com cenas e diálogos que não interessaram a ninguém, a autora deu-nos aquele último capítulo, com uma revelação fraquinha e que não contribuiu em nada para continuarmos a ler a história destes dois.
Ficaram também algumas questões por resolver, como a história de Jack com o seu pai e o porquê de toda aquela animosidade. Já dá para perceber que se vai descobrir e resolver no segundo volume.


A minha lua de mel era quase tudo que eu sonhei que seria: um paraíso tropical, água azul-turquesa, passeios românticos na praia, e muito muito sexo. A única coisa que faltava era o noivo.Depois de sete anos navegando por um relacionamento com Michael, os meus sentidos estavam dormentes. Uma semana de paixão com um estranho era exactamente o que eu precisava para limpar a minha mente e retomar o controle da minha vida. Mas como se segue em frente quando o homem que deveria ser um caso de alguma forma penetra na sua alma e rouba o seu coração?

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