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Opinião Young-Adult/Contemporâneo: "Tudo, Tudo... E Nós" de Nicola Yoon

setembro 08, 2017 Inês Santos 1 Comments



Como já disse mil vezes nos posts anteriores sobre este livro, quando vi o trailer do filme tomei a decisão de comprá-lo e lê-lo antes de ver a adaptação. Só agora consegui concretizar a primeira parte.
Começando pela capa, acho-a muito infantil, mesmo para o género de livro. Mas o meu livro veio com a capa do filme por cima o que me parece uma melhoria.
Logo no inicio percebemos que os capítulos vão ser todos demasiado curtos, com páginas como estas a "encher chouriços". Eu não sei que mal faz os livros serem finos. É porque assim parece pior cobrar 18€ por eles? Pois eu acho que é mau nas duas situações de qualquer forma.
Antes de Olly e Madeline se conhecerem temos vários capítulos que nos introduzem à sua mãe e à sua enfermeira. Continuo sem perceber o porquê da mãe não sair de casa também. Solidariedade para com a filha?

Achei também Madeline muito infantil para os seus 18 anos. Talvez pelo facto de não sair de casa, mas de qualquer forma ela fala com outras pessoas pela internet, não deveria haver uma evolução? E não estuda pela internet?

Também achei que a relação deles começou muito rápido. Os adolescentes não costumam ser um pouco mais tímidos? Olly foi bastante rápido a dar-lhe o email e Madeline a ir logo falar com ele. Não houve ali um pingo de hesitação. E a cena anterior, do bolo - mais palha para encher. De resto, a relação deles continuou bastante rápida, mas tenho que "dar o braço a torcer" na questão do amor entre eles parecer bastante genuíno.

Admiro a capacidade da personagem principal não entrar em depressão, fazendo e comendo as mesmas coisas durante tanto tempo. Vendo as mesmas pessoas todos os dias, fazendo as mesmas coisas à mesma hora todas as semanas.

Em relação a Olly, também não fiquei muito convencida quanto à história familiar ou aos seus dotes ginastas. Não achei que tivessem muito contributo para a história, mas deve-me estar a passar qualquer coisa ao lado. Em relação à família acho mesmo que a autora devia ter desenvolvido aquilo muito mais se queria incluir algum conteúdo. Claro que pela perspectiva de Maddy é mais complicado, mas se escolher ter só um POV então tem que dar a volta à questão.

- Spoilers -

O melhor de tudo foi mesmo a revelação final!
Não foi a fuga, não foi a perda da virgindade, não foi o quase morte (que ocupou duas páginas com duas frases!). Foi sim a descoberta da não-doença de Maddy e da doença da mãe.

Também gostei do tipo de linguagem entre eles, mesmo na troca de mensagens. Aqui está um exemplo de diálogo por sms que vale a pena ler, o que não aconteceu na obra que li anteriormente A Química dos Nossos Corações. Apesar da fraca classificação e de não ter ido para os meus favoritos e de nem achar que valesse a pena fazer uma adaptação cinematográfica, concordo que este livro é mais do que as poucas palavras que aqui encontramos. Digamos apenas que gosto de livros mais desenvolvidos, como mais para ler, mais emoção, mais acção.

De qualquer forma, o livro, apesar de ser lido tão facilmente, acaba por ser mesmo pela falta de texto na maior parte das páginas. Penso até que foi uma homenagem ao livro do Principezinho tão falado nesta obra que tem uma estrutura semelhante de pouco texto e muitos desenhos.

Maddy é alérgica ao mundo. Sair da casa esterilizada onde vive pode matá-la. Mas quando Olly se muda para a casa ao lado, Maddy apercebe-se de que existe mais vida para além daquela que conhece. Só há um primeiro amor e Maddy está disposta a arriscar para ver até onde este sentimento a pode levar.

1 comentário:

  1. Ola,
    Eu gostei do livro e da história, sobre tudo da parte Maddy em lutar pelo que deseja.
    Entendo quando diz que quer livros mais desenvolvidos, mas acho que até se adequa ao publico alvo a que está destinado.
    ;)

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