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Opinião Suspense: ''A Mulher à Janela'' de A.J. Finn

março 28, 2018 Mafi 0 Comments



Já não é novidade nenhuma que os thrillers vieram para ficar e vão ser uma das grandes apostas das editoras para o ano de 2018. 

Desta vez temos a Editorial Presença a presentear-nos com um grande thriller e com a estreia deste autor. 

A tendência de ''mulher/rapariga'' no título dos livros continua e desta vez a nossa personagem feminina é Anna Fox que mora sozinha e não sai de casa há dez meses. Sofre de agorafobia e portanto os seus dias são passados a ver filmes antigos, a conversar com desconhecidos na internet, a beber (muito) e a observar a vida dos seus vizinhos, através da janela. A sua mais recente obsessão são os Rusell, que parecem uma família perfeita, até ao dia que Anna vê algo que a perturba e que ela sabe que é um crime...mas à medida que o tempo vai passando e como ninguém acredita nela, Anna começa a duvidar do que realmente viu. 

38909141A primeira coisa que tenho a apontar no livro é a similaridade da protagonista com a Rachel (a protagonista de A Rapariga no Comboio) Ambas são alcóolicas e ambas duvidam do que realmente viram. Ao principio o desenvolvimento do livro é um pouco lento e como o livro tem apenas um espaço (a casa), acaba por não haver muitos acontecimento dignos de serem falados aqui. Vamos conhecendo melhor um pouco a Anna e os vizinhos e percebemos logo que tem algum trauma que a faz com que não consiga sair de casa. O mais irónico é que Anna é psicóloga infantil e até tenta ajudar as pessoas com quem conversa online diariamente mas não consegue ajudar a si própria. 

Depois do início monótono o livro ganha ritmo e posso dizer que li mais de 300 páginas num só dia, pois a certa altura era impossível parar de ler. A partir do momento que Anna testemunha o que viu, não conseguimos largar o livro. Como só temos a visão da Anna é muito fácil, entrar na cabeça da personagem e sentir as dúvidas e inseguranças. Houve algumas revelações que não me surpreenderam, pois já desconfiava do que se tinha passado mas o final foi uma revelação, apanhou-me de surpresa! 

O grande trunfo da história é o estado psicológico de Anna. Alcóolica e com problemas em sair de casa só podiam resultar num estado de paranóia constante, com muitas dúvidas sobre a sua lucidez e sobriedade. O autor explora isso de uma forma muito inteligente e também há realçar como explica a condição da protagonista. 

É um livro que começa com uma narrativa lenta mas vai ganhando fulgor e que é impossível parar de ler. Gostei de como o autor questiona o que é verdadeiro ou se será tudo fruto da nossa imaginação e se realmente temos o dever de nos intrometer na vida das outras pessoas quando não é nada que nos afecta directamente. Gostei mesmo muito e acho que é um excelente thriller por isso recomendo a leitura. 



Anna Fox não sai à rua há dez meses, um longo período em que ela vagueou pelos quartos da sua velha casa em Nova Iorque como se fosse um fantasma, perdida nas suas memórias e aterrorizada só de pensar em sair à rua. A ligação de Anna ao mundo real é uma janela, junto à qual passa os dias a observar os vizinhos. Quando os Russells se mudam para a casa em frente, Anna sente-se desde logo atraída por eles - uma família perfeita de três pessoas que a fazem recordar-se da vida que já teve. Mas um dia, um grito quebra o silêncio e Anna, da sua janela, testemunha algo que ninguém deveria ter visto e terá de fazer tudo para encobrir o que presenciou . Mas mesmo que decida falar, irá alguém acreditar nela? E poderá Anna acreditar em si própria?
Um thriller eletrizante onde nada nem ninguém é o que parece.


 

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