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Opinião Contemporânea/Suspense: ''Nunca Digas Adeus'' de Lesley Pearse

fevereiro 12, 2018 Mafi 0 Comments




Já nem me lembro como adquiri este livro mas sei é um dos livros da Lesley que está há mais tempo na estante. Decidi lê-lo porque houve um dia que decidi reler a sinopse porque já nem lembrava do que tratava e fiquei de boca aberta a pensar porque é que ainda tinha este livro por ler! 
O livro começa com Susan a entrar numa clínica e a matar duas pessoas a sangue frio. Depois fica à espera da polícia para ir presa. 
14435351O melhor é quando lhe atribuem uma advogada de defesa - Beth - que foi outrora uma grande amiga de Susan (a sua melhor amiga de infância) mas que a vida se encarregou de as separar até agora.

O reencontro das duas amigas vai trazer muitos assuntos do passado. Beth sente-se em choque, não consegue acreditar que a sua amiga das brincadeiras de criança é uma criminosa e além disso sente que não consegue ser imparcial na sua defesa e Susan sente-se em parte arrependida porque não esperava reencontrar desta maneira, alguém que lhe fora tão importante no seu passado. 

Embora esta autora seja mais conhecida pelos seus livros históricos, também tem bons livros contemporâneos e este é um exemplo! Eu adorei este livro e só não dei 5 estrelas porque achei a primeira parte um pouco arrastada. Já a segunda metade do livro, do meio até ao fim, foi cheia de revelações e o livro seguiu um caminho que não estava nada à espera! 

Gosto muito da escrita da Lesley mas por vezes, alonga-se um pouco com descrições que não interessam muito ou por exemplo para introduzir e caracterizar uma personagem, introduz outra. Ainda assim, neste livro, até a mais pequena personagem acaba por ser relevante na trama e portanto este foi um detalhe que deixei passar ao lado.


Adorei as duas protagonistas mas posso dizer que a grande revelação do livro é a Susan. Em parte vítima do pai e do irmão, torna-se uma pessoa vazia e criminosa por impulso. Não esperava de todo o fim que teve e só posso dizer que a mensagem deste livro é claramente: as aparências iludem! 
Por outro lado temos Beth que também sofreu na sua adolescência mas que conseguiu dar a volta, pelos menos em termos profissionais. O fim que a personagem teve é mais feliz mas achei o romance muito apressado. 
Não me importei com a introdução do Roy e do Steve mas ao mesmo tempo acho que eram um pouco dispensáveis, visto que foram duas personagens de apoio mas que eram muito semelhantes em termos de personalidade (cheguei a confundi-los). 

A autora toca num tema sério e confesso que não sei bem que pensar. Acredito que por vezes podemos nos sentir injustiçados, maltratados, humilhados pelas pessoas e pela vida mas nada se resolve em matar. Mesmo assim acredito que o desespero leva a actos concebíveis que nunca pensámos cometer, enfim...ninguém sabe o que se passa na cabeça e na vida daquela pessoa.

É sem dúvida um bom livro, teve 6 anos à minha espera mas valeu a pena. Gostei e recomendo! 


Num chuvoso dia de outono, Susan Wright entrou numa clínica, matou duas pessoas a sangue-frio e aguardou que a polícia chegasse. Terá sido um ato de loucura? Uma vingança planeada? Susan não parece interessada em defender-se e recusa falar. O seu silêncio estende-se a Beth Powell, a advogada a quem é atribuído o caso. Beth é uma mulher de sucesso com uma carreira brilhante mas nada a preparara para o momento em que identifica a autora daquele crime tão bárbaro. Quando eram crianças, Beth e Susan juraram ser amigas para sempre. Vinte e nove anos depois, mal se reconhecem. Mas as memórias dos verões felizes das suas infâncias são suficientemente poderosas para as unir de novo. Enquanto as provas contra Susan se acumulam, elas partilham recordações e revelam os segredos que ditaram o rumo das suas vidas.
A amizade entre as duas mulheres torna-se cada vez mais forte mas sobre uma delas pende a implacável mão do destino…

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