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Doce do Momento/Opinião Sobrenatural/Suspense: ''Pequenos Vigaristas'' de Gillian Flynn

novembro 29, 2017 Mafi 0 Comments


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Uma jovem astuta tenta sobreviver num universo marginal, mas sobretudo inofensivo. Numa manhã chuvosa de abril, está a ler auras em Palmas Espirituais quando chega Susan Burke. Excelente observadora do comportamento humano, a nossa narradora faz imediatamente o diagnóstico: uma mulher rica e infeliz, ansiosa por um pouco de drama e emoção. Mas quando vai visitar a estranha casa vitoriana onde Susan vive, e que é a causa do seu terror e angústia, percebe que talvez já não seja preciso fingir que acredita em fantasmas… Miles, o enteado de Susan, também não ajuda. Não tarda a que os três se debatam para descobrir onde reside efetivamente o mal, e se existe alguma possibilidade de fuga.



Mais um conto lido e está a saber mesmo bem ler estas pequenas histórias. Este conto é um pouco maior que o do Afonso Cruz e também foi a minha estreia com a autora Gillian Flynn. Que estreia!
Começa muito bem com a nossa protagonista do qual nunca sabemos o nome mas que tem 30 anos e a sua profissão é bater punhetas. Ela explica bem todo o processo e as consequências do mesmo, por tanto trabalhar com o braço e o punho ficou com uma lesão. Se isto não é hilariante, não sei o que é, mas fartei-me de rir com este início. Temos ainda algum historial da sua infância, como sofreu por a mãe ser uma calona e não gostar de trabalhar e portanto pediam na rua todo o dia com diversos discursos de modo a sacar o maior dinheiro possível.
Esta parte é muito irónica e cheia de humor. A maneira como ela fala que sempre foi mais esperta que a mãe e como conseguiu o seu trabalho e como gosta dele é bastante engraçada.
O conto avança para uma parte bem mais sombria e negra, quando nos é apresentada a personagem Susan, que afirma à nossa protagonista que a sua casa está assombrada. Ora a nossa personagem principal que não é parva nenhuma e achando-se que conseguia ler as auras e perceber o que se passava de errado, assume o trabalho de ir à casa da Susan e limpar a casa dos maus espíritos. mediante um certo pagamento claro.
A partir daqui a acção desenrola-se muito à volta da casa e dos habitantes dela e apesar de não meter medo, confesso que não sou grande fã de histórias de fantasmas ou de espíritos. Ainda assim, o conto acaba por não ser tanto sobre a parte sobrenatural mas sim sobre o ser humano e a sua condição de manipular quem nós quisermos. Para alem da Susan e da nossa protagonista, temos outra personagem muito importante na história. Se ao longo do conto tiverem com dúvidas sobre quem diz a verdade, atentem ao título em português (que por sinal acho que ficou bem traduzido) e tirem as vossas próprias conclusões.
Como é um conto, acaba rápido e com um final meio aberto. Queria mais mas pronto tenho bom remédio, se quiser algo completo desta autora, é só ler um dos três livros que tem publicados. 

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